Estes são os ‘vilões’ da inflação em fevereiro, segundo o IBGE
A energia elétrica residencial liderou o ranking de aumentos com avanço de 16,33%, segundo dados do IPCA-15, prévia da inflação do mês de fevereiro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), uma prévia da inflação do mês, registrou alta de 1,23% em fevereiro, puxado pela alta de preços da energia e dos gastos das famílias com educação, já que fevereiro é tradicionalmente o período marcado pela volta às aulas. Conforme alertavam os especialistas, o resultado do IPCA de janeiro, de quase estabilidade com avanço de 0,16%, era fruto de alívio temporário e a pressão inflacionária persiste.
Entre os maiores vilões da inflação do mês, a energia elétrica residencial liderou o ranking com avanço de 16,33%, impactando o índice em 0,54 ponto percentual (p.p.). A educação também teve forte influência sobre o IPCA-15, com os reajustes tradicionais de início de ano. O ensino fundamental subiu 7,50% e impactou o índice em 0,12 p.p., seguido pelo ensino superior (4,08% e 0,07 p.p.) e o ensino médio (7,26% e 0,03 p.p.). A pré-escola também registrou alta de 7,10%, adicionando 0,02 p.p. ao índice.
Entre os combustíveis, o diesel subiu 2,42%, a gasolina avançou 1,71%, refletindo diretamente no IPCA-15, com impacto de 0,09 p.p., enquanto o etanol subiu 3,22%, contribuindo com 0,02 p.p. no índice. O transporte público também teve peso significativo na inflação do mês: as tarifas de ônibus urbano subiram 5,20%, pressionando o índice em 0,06 p.p. O café moído segue em alta, com variação de 11,63%.
Outros itens que pesaram no bolso dos consumidores foram os automóveis novos (1,74% e 0,05 p.p.), aluguel residencial (1,34% e 0,05 p.p.), condomínio (1,36% e 0,03 p.p.), planos de saúde (0,57% e 0,02 p.p.), conserto de automóvel (1,02% e 0,02 p.p.) e refeição fora de casa (0,43% e 0,02 p.p.).