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Estouro de inflação, Selic a 15%: O que o mercado espera da economia em 2025

Projeções apontam inflação acima da meta, juros em alta e dólar valorizado, indicando um cenário ainda mais desafiador

Por Larissa Quintino Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 6 jan 2025, 12h48 - Publicado em 6 jan 2025, 08h46

Analistas de mercado consultados pelo Banco Central veem um cenário no mínimo preocupante para a economia brasileira neste ano. Segundo dados compilados pelo Boletim Focus e publicados nesta segunda-feira, 6, os economistas projetam uma piora nas condições econômicas para 2025. A expectativa é que a inflação estoure o teto da meta, chegando a 4,99%. Com a pressão inflacionária, os analistas também preveem juros mais altos, com a Selic atingindo 15% ao ano.

Na primeira edição do Focus deste ano, os analistas reajustaram as já pessimistas projeções para 2025. No caso da inflação, esta é a 12ª alta consecutiva nas estimativas do mercado financeiro.

Além de Selic e IPCA, os economistas revisaram para cima as estimativas para o câmbio. Segundo o Focus, o dólar deve encerrar 2025 cotado a R$ 6, acima dos R$ 5,96 projetados na semana anterior. Em 2024, o real encerrou o ano a R$ 6,17, tornando-se a moeda que mais perdeu valor em relação ao dólar no período. O câmbio reflete diretamente as expectativas dos investidores estrangeiros para a economia do país. Com o risco fiscal ainda no radar, a moeda se desvaloriza. Um dólar mais alto impacta diretamente a inflação e pressiona a perspectiva de juros maiores.

Quanto ao PIB, os analistas preveem um avanço de 2,02% para a economia brasileira neste ano, um leve aumento em relação à projeção da semana anterior. Apesar da revisão para cima, o dado representa uma desaceleração no ritmo da economia, esperada em função do patamar elevado dos juros, que encarece o crédito tanto para consumidores quanto para empresas.

Em 2024

O Focus desta semana também traz projeções do IPCA de 2024, que será divulgado nesta sexta-feira, 10. Segundo os economistas, a inflação encerrou o ano em 4,89%, o que representa um estouro na meta de inflação prevista para o ano, que era de 3%, com margem de tolerância até 4,5%. Caso se confirme o estouro da meta, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, deverá apresentar uma carta ao Ministério da Fazenda com os motivos do estouro e as providências tomadas pelo BC.

Para o PIB, os economistas mantiveram a projeção de um avanço de 3,49%. O resultado oficial do PIB será divulgado no dia 7 de março pelo IBGE.

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