EUA divulgam primeiros impactos da guerra comercial sobre a inflação
Projeções indicam que o CPI em doze meses deve ter permanecido estável em abril. Mas na variação mensal, ele deve ter saído de -0,1% para +0,3%.

Passada a euforia com a trégua comercial entre EUA e China, agora investidores vão avaliar os estragos causados por um mês do que foi um virtual embargo aos produtos do país asiático no mercado americano.
Nesta manhã, os EUA divulgam a inflação oficial de abril, o primeiro índice de preços a captar o efeito das tarifas de 145% sobre o bolso do consumidor.
Os repasses não são automáticos, claro. Mas dois fenômenos foram detectados, de maneira quase anedótica, no mês passado. O aumento de preços antes das tarifas e a corrida de consumidores para comprar produtos que subiriam de preço mais adiante.
Projeções indicam que o CPI em doze meses deve ter permanecido estável em 2,4% em abril, quando comparado a março. Mas na variação mensal, ele deve ter saído de -0,1% para +0,3%.
Enquanto isso, os futuros americanos operam em baixa, corrigindo um pouco da euforia registrada na véspera, mesma direção seguida pelo EWZ, o fundo de ações que representa a bolsa brasileira em Nova York. Já as bolsas europeias negociam perto do zero a zero. O petróleo mantém a tendência de valorização.
Para além da inflação nos EUA, a agenda econômica é relativamente fraca. No Brasil, a Faria Lima se debruça sobre a ata do Copom. No comunicado sobre a reunião em que subiu os juros para 14,75% ao ano, o BC se absteve de dar uma direção clara para o mercado. Na dúvida, agora investidores vão em busca de pistas.
Agenda do dia
6h: Alemanha publica índice ZEW de expectativas econômicas em maio
8h: BC divulga ata do Copom
9h30: EUA anunciam inflação do CPI em abril
Balanços
Após o fechamento: JBS, CVC, Caixa, Nubank, Pagbank, Raízen, Santos Brasil e SLC Agrícola
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