Os impactos da greve dos caminhoneiros nas rodovias brasileiras chegaram aos Estados Unidos. O Departamento de Estado americano emitiu na quinta-feira um alerta de segurança em que recomenda a quem viajar para o Brasil estocar água e itens de uso domésticos. A nota também recomenda, entre outras ações, que viajantes chequem as condições de trânsito antes de viajar, contatem empresas aéreas para confirmar voos e revisem seus planos pessoais de segurança.
Equivalente ao Ministério das Relações Exteriores no Brasil, o Departamento de Estado americano, usou o Twitter para transmitir a mensagem: “[Viajantes] considerem adotar medidas para garantir estoque adequado de itens para uso doméstico e água e conservar combustível para veículos nesse período”.
O comunicado diz que a greve dos caminhoneiros está interrompendo a distribuição normal de combustível e de bens em todo o país e destaca que cidades do interior do Brasil, em locais mais distantes de refinarias e de centros de distribuição de comida, devem sofrer mais impacto do que outras. “Uma vez resolvida [a paralisação], pode demorar algum tempo para que os suprimentos retornem a níveis normais – especialmente em cidades mais distantes de centros de distribuição de comida e de combustível”, diz o texto.
O departamento também cita que o governo do Brasil está mantendo reuniões com os caminhoneiros para solucionar o impasse.
A greve dos caminhoneiros, que segue na manhã desta sexta-feira mesmo depois de um acordo com o governo federal, provoca bloqueios em estradas de 24 estados e do Distrito Federal, segundo levantamento da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Com exceção do Amazonas e do Amapá, todas as unidades federativas brasileiras estão com vias interditadas para a passagem de veículos de transporte de carga.
Postos e aeroportos já anunciam fim dos combustíveis. Aeroporto Internacional Juscelino Kubitscheck, em Brasília, informou que as reservas de querosene da aviação acabaram esta manhã, inviabilizando voos.
(Com Agência Brasil)