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Ex-CEO da Americanas é solto um dia após prisão em Madri

Em nota, defesa de Miguel Gutierrez afirmou que ele está em sua residência, na Espanha, e vai responder em liberdade às acusações

Por Lucas Mathias Atualizado em 29 jun 2024, 13h41 - Publicado em 29 jun 2024, 13h25
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  • Ex-CEO das Lojas Americanas, Miguel Gutierrez foi solto neste sábado, 29, um dia depois de ser detido em Madri, na Espanha. Ele foi alvo da Operação Disclosure, da Polícia Federal, e estava foragido até ontem, quando seu nome entrou na lista de de Difusão Vermelha da Interpol.

    Em nota, sua defesa informou que Gutierrez já está em sua residência na cidade espanhola. Ao lado de Anna Saicali, ex-diretora do grupo, ele é acusado de ter participado de fraude e acobertado o rombo de 25,2 bilhões de reais na empresa, o maior caso de fraude contábil do país. 

    Classificado pela PF como o “principal foragido” da operação deflagrada ainda na quinta-feira, 27, Gutierrez foi preso pela polícia espanhola nesta sexta. A corporação informou ainda que ele foi localizado pelo Centro de Cooperação Policial Internacional (CCPI), uma unidade que promove a comunicação com instituições policiais de outros países, como a Espanha. Sua defesa, no entanto, afirma que “compareceu espontaneamente ante as autoridades policiais e jurisdicionais com o fim de prestar os esclarecimentos solicitados”. 

    Até que fosse encontrado pelas autoridades, o nome do executivo chegou a figurar na lista de foragidos internacionais da Interpol. Gutierrez tem cidadania espanhola e estava no país desde o ano passado. Conforme a nota divulgada por sua defesa, ele já “se encontra em sua residência em Madri, na Espanha, no mesmo endereço comunicado desde 2023 às autoridades espanholas e brasileiras, onde sempre esteve à disposição dos diversos órgãos interessados nas investigações em curso”. 

    “Diante do acesso aos autos, Miguel agora poderá exercer sua defesa frente às alegações originadas por delações mentirosas em relação a ele. A defesa reitera ainda que Miguel jamais participou ou teve conhecimento de qualquer fraude e que vem colaborando com as autoridades, prestando os esclarecimentos devidos nos foros próprios, manifestando uma vez mais sua absoluta confiança nas autoridades brasileiras e internacionais”, conclui o texto. 

    Mesmo com a soltura, contudo, o ex-CEO da Americanas terá que cumprir obrigações com a Justiça espanhola, como comparecer em juízo a cada duas semanas, entregar o passaporte às autoridades e se comprometer a não deixar o país, segundo o portal g1. Alvo da mesma operação da PF, a ex-diretora da empresa Anna Saicalli também consta na lista da Interpol, mas ainda não foi detida.

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