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Exportações de frango brasileiro caem por causa de embargos, diz ABPA

Outro motivo da queda no trimestre é o alto custo de produção, aponta associação

Por Reuters Atualizado em 3 abr 2018, 19h15 - Publicado em 3 abr 2018, 18h11

As exportações de carne de frango do Brasil caíram 5,6% em volume nos primeiros três meses do ano devido a proibições comerciais e a custos de produção mais altos. A informação foi divulgada nesta terça-feira 3 pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

A exportações de frango in natura totalizaram 1,017 milhão de toneladas no período ante 1,078 milhão de toneladas nos mesmos meses do ano passado. Em termos financeiros, as exportações caíram 12%, para 1,605 bilhão de dólares, segundo a ABPA.

De acordo com a associação, as vendas de carnes salgadas, a maior categoria de exportações para a Europa, registrou perdas perto de 50% em volume no mês de março.

“O ano era promissor para o setor, mas a soma entre custos de produção em elevação e as suspensões de plantas pelo próprio Brasil para a União Europeia impactou negativamente o saldo do trimestre”, afirmou o presidente-executivo da ABPA, Francisco Turra, em nota.

No mês passado, o governo brasileiro suspendeu as exportações para a UE da BRF, a maior processadora de frango do país, depois que alegações contra a companhia surgiram em uma investigação sobre segurança alimentar. Outras empresas também foram proibidas de exportar por não cumprirem certas regras da UE, de acordo com o Ministério da Agricultura.

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A discussão com a União Europeia sobre as exportações de frango “se refere a critérios de classificação de produtos, não de riscos ao consumidor”, disse a ABPA. O impasse coloca “empregos em risco, em um momento fundamental para a retomada econômica do país”, disse Turra.

A BRF e a empresa privada Cooperativa Central Aurora de Alimentos anunciaram férias coletivas a funcionários para ajustar a produção à capacidade.

Carne suína

A ABPA disse que as exportações de carne suína in natura também caíram quase 16% em relação ao ano passado, para 129. 300 toneladas nos primeiros três meses de 2018.

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Um aumento nos custos de ração e a proibição comercial da Rússia sobre a carne suína do Brasil por preocupações com aditivos na ração, desde dezembro do ano passado, estão pressionando a indústria.

De outro lado, há um aumento estável nas compras de carne suína brasileira pela China, que se torna o principal mercado do Brasil, uma tendência que deve continuar depois que Pequim impôs taxa sobre as exportações de suínos dos Estados Unidos.

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