O Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, cortou as taxas de juros nesta terça-feira, 3, em uma medida de emergência com objetivo de proteger a maior economia do mundo do impacto do coronavírus. Em comunicado, a autoridade monetária disse que estava cortando as taxas em 0,50 ponto percentual, para uma meta de 1% a 1,25% ao ano.
“Os fundamentos da economia dos EUA permanecem fortes. No entanto, o coronavírus apresenta riscos crescentes para a atividade econômica. À luz desses riscos e em apoio ao cumprimento de suas metas de máximo emprego e estabilidade de preços, o Comitê Federal de Mercado Aberto decidiu hoje reduzir a meta” para a taxa de juros, afirmou o Fed em comunicado.
A decisão foi unânime entre os formuladores de política monetária. A decisão do Fed de cortar as taxas de juros antes de sua próxima reunião, marcada para 17 a 18 de março, reflete a urgência com a qual o Fed sente que precisa agir para evitar a possibilidade de uma recessão global.
Segundo o economista André Perfeito, da Necton, a medida terá pouco impacto sobre a economia global e serve apenas para animar o mercado financeiro, que ainda está apreensivo com os efeitos econômicos do coronavírus. “É uma atitude pueril do Fed e que não deve ter efeitos maiores que a recuperação normal de uma correção como estava ocorrendo. O problema hoje não é monetário e o estímulo via juros não vai ter efeitos práticos na atividade”, conclui.
(Com Reuters)