Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

FMI prevê pior recessão global desde 1929; Brasil deve encolher 5,3%

Pandemia do coronavírus deverá levar a uma retração de 3% do PIB mundial neste ano; Fundo estima recuperação ainda parcial em 2021

Por Alessandra Kianek
Atualizado em 14 abr 2020, 12h52 - Publicado em 14 abr 2020, 12h29
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O impacto do novo coronavírus, nas atividades econômicas levará a um colapso que poderá ser a pior recessão global desde a Grande Depressão da década de 1930, segundo projetou o Fundo Monetário Internacional (FMI), nesta terça-feira, 14. As estimativas levam a um encolhimento de 3%, em média, da economia mundial em 2020. Tanto as economias avançadas como os mercados emergentes estarão em recessão, com a renda per capita esperada para diminuir em mais de 170 países. Para o Brasil, o Fundo projeta retração de 5,3% –no mesmo patamar previsto pelo Banco Mundial (-5%), mas bem mais pessimista que o esperado pelo mercado financeiro brasileiro (-2%). A recessão do PIB brasileiro não ocorre desde 2016, ano do impeachment da presidente Dilma Rousseff, quando a economia caiu 3,3%.

    “À medida que os países implementam as quarentenas e práticas de distanciamento social necessárias para conter a pandemia, o mundo passa por um grande bloqueio. A magnitude e a velocidade do colapso da atividade que se seguiu é diferente de tudo o que foi experimentado em nossas vidas”, segundo o documento assinado por Gita Gopinath, economista-chefe do FMI. Esta é uma crise como nenhuma outra e existe uma incerteza substancial sobre seu impacto na vida e nos meios de subsistência das pessoas. De qualquer maneira, projeções dependem da epidemiologia do vírus, da eficácia das medidas de contenção e do desenvolvimento de remédios e vacinas, que são difíceis de prever.

    Supondo que a pandemia desapareça no segundo semestre deste ano e que as ações políticas adotadas em todo o mundo sejam eficazes na prevenção de falências corporativas generalizadas, perda prolongada de empregos e tensões financeiras em todo o sistema, o FMI projeta crescimento global de 5,8% em 2021 – para o Brasil, o aumento esperado é de 2,9%. Essa recuperação mundial, porém, seria parcial, pois o nível de atividade econômica deverá permanecer abaixo do nível projetado antes do ataque do vírus. A perda acumulada para o PIB global entre 2020 e 2021 da crise pandêmica pode ser de cerca de 9 trilhões de dólares, maior do que as economias do Japão e da Alemanha juntas, segundo o Fundo.

    Esta é uma crise verdadeiramente global, pois nenhum país é poupado. Os mercados emergentes e as economias em desenvolvimento enfrentam desafios adicionais com reversões sem precedentes nos fluxos de capital, à medida que o apetite pelo risco diminui, além das pressões cambiais, ao mesmo tempo em que lidam com sistemas de saúde mais fracos e com espaço fiscal mais limitado para fornecer apoio. Adicionalmente, várias economias entraram nesta crise em um estado vulnerável, com crescimento lento e altos níveis de dívida.

    ASSINE VEJA

    O vírus da razão
    O vírus da razão O coronavírus fura a bolha de poder inflada à base de radicalismo. Leia também: os relatos de médicos contaminados e a polêmica da cloroquina ()
    Clique e Assine
    Publicidade

    Publicidade
    Imagem do bloco

    4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

    Vejinhas Conteúdo para assinantes

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.