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FMI prevê piora na recessão global causada pela Covid-19

A recuperação da China, único que crescerá esse ano, é fundamental para o Brasil, porém Fundo prevê tombo de 9,1% no PIB nacional em 2020

Por Luisa Purchio Atualizado em 24 jun 2020, 13h22 - Publicado em 24 jun 2020, 13h12

Relatório divulgado na manhã desta quarta, 24, pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).prevê uma recessão global mais grave para 2020 que a apresentada no relatório anterior, divulgado em abril. O desenvolvimento da economia global deve cair 4,9% em 2020, 1,9% abaixo que as projeções do primeiro quadrimestre. O efeito no Brasil é ainda pior: tombo no PIB de 9,1%. Em abril, o FMI estimava uma recessão de 5,3%. O aumento do pessimismo se deve aos efeitos da Covid-19 ainda mais fortes no mundo ao final do primeiro semestre desse ano. A economista-chefe do FMI, Gita Gopinath, afirmou em entrevista coletiva que aparentemente o pior impacto do novo coronavírus na economia ficará, de fato, no primeiro semestre do ano, pois agora estamos vendo sinais de melhoras no mundo. Apesar disso, Gita afirmou que o futuro ainda é incerto e os efeitos da pandemia na economia mundial podem ser ainda piores, dependendo da forma como o vírus se comportará. “Novas ondas de infecções podem reverter o aumento da mobilidade e dos gastos, e apertar rapidamente as condições financeiras”, disse ela.

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Além da piora do cenário em 2020, o FMI prevê que a recuperação da pandemia será ainda mais vagarosa: o crescimento global para 2021 será de 5,4%, ou seja, 6,5% a menos que as previsões pré-pandemia, de janeiro, e quatro pontos percentuais abaixo que o apresentado no relatório de abril. No caso do Brasil, entretanto, a previsão da retomada é mais otimista agora do que no último relatório: crescimento de 3,6% do PIB, contra 2,9% da estimativa anterior. “Não é que o FMI acha que vamos crescer mais no ano que vem, mas a base comparativa de 2020 está menor, porque a economia decrescerá bastante esse ano”, diz Juliana Inhasz, economista do Insper.

Um dos motivos para esse crescimento brasileiro seria a recuperação da China, importante parceiro comercial do país. Para o gigante asiático, o FMI prevê um crescimento de 1% em 2020, abaixo da perspectiva de 1,2% apresentada em abril. Já em 2021, a China deve crescer 8,2%, ante 9,2% projetado no relatório anterior. O FMI enfatizou como a tecnologia chinesa foi fundamental para a sua recuperação e que os instrumentos monetários utilizados por países em todo o mundo têm sido fundamentais para auxiliar a retomada da economia global. A rápida recuperação chinesa pode ser benéfica para o Brasil principalmente para sua balança comercial. “Quando a China recuperar o seu fôlego, talvez o Brasil estará em uma etapa de retomada e poderá aproveitar a maior demanda por commodities e produtos brasileiros”, diz Inhasz.

O relatório do FMI aponta que a recuperação mundial será lenta para todo o mundo, e o Brasil tem um desafio a mais, tendo em vista que antes da pandemia o País já lutava para recuperar o seu PIB de 2014. “Essa é uma crise externa, diferente da queda da Dilma que foi um problema de incompetência de política doméstica. Claro que uma parte dos prejuízos da Covid-19 podem ser recuperados a curto prazo, mas temos uma perda de emprego e de renda e uma fragilidade social que será difícil de se reverter. Ficaremos com um elefante branco na sala muito difícil de tirar”, diz Inhasz.

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