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FMI reduz para 2% previsão de crescimento do PIB do Brasil; mundo também cai

A estimativa de crescimento da economia global caiu de 3,3% para 2,8% em 2025; a projeção para os EUA sofreu o maior tombo, de 2,7% para 1,8%

Por Redação Atualizado em 22 abr 2025, 11h03 - Publicado em 22 abr 2025, 10h57

O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para baixo suas projeções para o crescimento econômico global em 2025, alertando para os efeitos negativos de uma onda de tarifas comerciais implementadas pelos Estados Unidos e as respostas de seus principais parceiros. Segundo o relatório divulgado nesta terça-feira, 22, o crescimento mundial deve atingir 2,8% em 2025, uma queda de 0,5 ponto percentual em relação à previsão anterior feita em janeiro. Para 2026, a estimativa também foi revisada para baixo, de 3,3% para 3,0%. O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil também será menor do que o que se previa antes, que era de 2,2%. A nova projeção do FMI para 2025 é de 2%, mesmo índice estimado para 2026.

O cenário de incerteza foi agravado por uma série de anúncios de tarifas pelos Estados Unidos desde o início do ano, culminando em taxas universais em abril. O aumento abrupto das tarifas americanas, que superaram níveis registrados durante a Grande Depressão, e as contramedidas de outros países vão provocar um rearranjo no comércio internacional. O FMI destaca que essa elevação, se mantida, poderá desacelerar ainda mais o crescimento global, além de aumentar a volatilidade nos mercados financeiros.

Nos Estados Unidos, a previsão de crescimento para 2025 caiu de 2,7% para 1,8%, a maior redução entre as economias avançadas. O FMI atribui essa revisão à maior incerteza política, a tensões comerciais e à desaceleração do consumo interno. A inflação americana também foi revisada para cima, devendo atingir 3% em 2025, um ponto percentual acima da projeção de janeiro. O órgão alerta que o Federal Reserve terá de agir com cautela para manter as expectativas de inflação ancoradas, especialmente após o impacto inflacionário da pandemia de COVID-19.

A China, fortemente dependente das exportações, também foi afetada pelas tarifas e teve sua projeção de crescimento reduzida para 4% em 2025, uma queda de 0,6 ponto percentual em relação à estimativa anterior. A inflação no país deve cair cerca de 0,8 ponto percentual, refletindo o impacto deflacionário das barreiras comerciais. No entanto, o FMI ressalta que estímulos fiscais mais robustos devem amenizar parte desses efeitos negativos tanto na China quanto na zona do euro.

A Europa também sentiu os reflexos das tensões comerciais, com previsão de crescimento de apenas 0,8% para a zona do euro em 2025. O relatório destaca que as cadeias globais de suprimentos, altamente integradas, amplificam os efeitos das tarifas, já que a maioria dos bens comercializados são insumos intermediários que cruzam fronteiras diversas vezes antes de chegar ao consumidor final. Isso pode gerar efeitos multiplicadores significativos, como observado durante a pandemia.

O FMI recomenda que os países priorizem a estabilidade das políticas comerciais e busquem acordos multilaterais para restaurar a previsibilidade do sistema global de comércio. O órgão enfatiza a necessidade de reformas estruturais e fiscais para impulsionar o crescimento, além de investimentos em infraestrutura digital e qualificação para novas tecnologias. Segundo o FMI, a integração global deve ser vista como um meio para melhorar o padrão de vida de todos, e não como um fim em si mesmo.

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