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Franquia de ex-MasterChef fatura 40 mil por mês com utensílios de cozinha

Raul Lemos foi convidado para ser garoto-propaganda, mas quis virar sócio

Por Larissa Coldibeli
Atualizado em 2 jul 2018, 11h19 - Publicado em 2 jul 2018, 08h13
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  • A onda dos reality shows culinários e dos alimentos gourmet tem impulsionado o mercado de utensílios de cozinha, segundo o administrador Rodrigo Chiavenato, um dos sócios da franquia Mundo Cheff. Ao lado do irmão, o hoteleiro Ronaldo Chiavenato, e do ex-MasterChef Raul Lemos, ele comanda uma rede de lojas que faturou 3,5 milhões de reais em 2017, quando tinha oito operações. Atualmente são 12, e a meta é chegar a 20 pontos de venda e faturamento de 6,8 milhões de reais até o fim de 2018.

    “Ao contrário do varejo convencional, que vende mais durante os fins de semana, nossas lojas faturam muito às terças e quartas-feiras. Às terças, as pessoas se preparam para cozinhar assistindo ao MasterChef e, às quartas, vão às lojas procurar por itens que foram usados pelos cozinheiros no programa da noite anterior”, afirma Rodrigo Chiavenato.

    Essa relação direta das vendas com o programa exibido pela Band fez com que os irmãos convidassem o ex-MasterChef Raul Lemos, finalista da segunda edição do reality, para ser garoto-propaganda da marca. Mas Lemos, que já era cliente da loja, quis virar sócio.

    “Apresentei minha experiência em marketing e e-commerce, além da empresa que possuo de negócios em gastronomia. Enfim, eu tinha tudo a ver com a marca. Eles toparam e virei sócio. Participo das decisões, converso com franqueados, realizo eventos, ajudo na escolha do mix de produtos”, conta o ex-MasterChef.

    A experiência de Lemos em e-commerce foi um ponto importante porque a origem da Mundo Cheff foi a loja virtual, lançada em 2010, explica Chiavenato. “O sucesso da loja virtual nos motivou a criar uma loja física em 2012. Eu sempre tive vontade de ter uma franquia porque estudei nos EUA e lá as empresas respiram franchising”, explica Chiavenatto.

    Novo formato de franquia

    O sonho da franquia foi realizado em 2015, quando teve início a expansão do negócio. Para acelerar o crescimento, a empresa acaba de lançar o quiosque, um novo formato de franquia, menor e mais barato. Veja abaixo os dados de investimento dos dois modelos:

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    Quiosque

    Mundo Cheff
    Imagem do projeto do quiosque da Mundo Cheff (//Divulgação)

    Loja

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    Mundo Cheff
    Loja Mundo Cheff, Unidade Itaim 7 (//Divulgação)

    Quer democratizar a gastronomia

    Os sócios se dizem otimistas quanto ao crescimento da rede. “Se, com o país em crise, conseguimos chegar a 12 lojas, imagine com a situação econômica melhor. O Brasil ainda engatinha na gastronomia, temos muito espaço para crescer e estamos nos estruturando para isso”, afirma Chiavenato.

    As lojas Mundo Cheff vendem desde coisas básicas de cozinha, como facas e panelas, até itens mais elaborados, como máquinas para fazer macarrão e pedra de sal rosa do Himalaia para assar alimentos na grelha.

    Durante algum tempo, a importação de produtos foi um dos desafios do negócio, que ficava vulnerável à oscilação do dólar. “Nosso mix de importados beirava os 70% e hoje é menos que 30%. Buscamos fornecedores que nos deem melhores margens e que trabalham com exclusividade”, afirma.

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    O empresário diz que compete com marcas elitizadas, como Spicy, e até com lojas de 1,99 reai. “Queremos mostrar que a gastronomia é para todos”, declara.

    Avalie tempo de retorno do investimento, diz consultora

    A consultora Ana Vecchi, especializada em franquias, diz que o conceito é interessante e que há espaço para crescer. No entanto, ela considera baixo o faturamento do novo modelo de negócio, o quiosque.

    “O retorno do investimento em 36 meses é demorado para um quiosque que custa menos de 100 mil reais. Acho que há oportunidade para aumentar o faturamento de acordo com a localização do quiosque e do mix de produtos. Se a ideia é democratizar o acesso aos itens de gastronomia, precisa deixar isso claro. Criar linhas promocionais para atrair a classe C pode ser uma saída”, indica.

    Ela diz que ter o aval de um chef de cozinha e celebridade ajuda a alavancar a empresa. “É impressionante a legião de fãs que os participantes do MasterChef angariam. Eles aguçam o desejo de consumo e da prática culinária”, afirma.

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