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G20: Haddad quer discutir tributação global para taxar super-ricos

Ministro da Fazenda e presidente do BC discursaram durante abertura da 1ª reunião ministral da Trilha de Finanças

Por Camila Barros Atualizado em 7 Maio 2024, 16h54 - Publicado em 28 fev 2024, 11h07
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  • O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira, 28, que pretende discutir uma taxação global mínima sobre a riqueza durante o encontro do G20. Segundo o ministro, essa tributação global sobre a riqueza “poderá constituir o terceiro pilar para a cooperação tributária internacional”.

    A fala ocorreu na reuniões de ministros de Finanças e de presidentes dos bancos centrais do grupo, que acontecem hoje e amanhã em São Paulo. Haddad participou do evento de maneira virtual, após ser diagnosticado com Covid-19. “Reconhecendo os avanços obtidos na última década, precisamos admitir que ainda precisamos fazer com que bilionários do mundo paguem sua justa contribuição em impostos”, afirmou.

    No encontro do G20 deste ano, as delegações  têm como temas principais o combate às desigualdades, tributação internacional e financiamento de ações ambientais — temas prioritários da agenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O governo brasileiro ocupa a presidência do G20 até 30 de novembro.

    Haddad pressionou pela atuação dos países desenvolvidos na luta contra a pobreza global, e incentivou a criação de uma aliança mundial contra a fome e a mudança climática. “Em um mundo em que trabalho e capital são cada vez mais móveis, pobreza e desigualdade precisam ser enfrentadas como desafios globais, sob pena da ampliação das crises humanitária e imigratória”, disse. O ministro enfatizou que as economias em desenvolvimento vêm sofrendo com o aumento da dívida pública provocada pela alta de juros global, além de ter suas exportações ameaçadas por uma onda de protecionismo ao redor do mundo.

    Inflação

    O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, discursou em seguida. Ele afirmou que o BC brasileiro está comprometido a combater a inflação no país – fator que impacta negativamente os níveis de pobreza. Além disso, indicou que a inclusão financeira deve um dos pilares para o desenvolvimento “é necessário não apenas promover o acesso e o uso de serviços financeiros, mas também melhorar a qualidade desses serviços”, disse.

    No encontro de quinta-feira, 29, a delegação abordará os temas de tributação progressiva e aumento da dívida global.

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