Galípolo diz que Lei Magnitsky parece ter ‘razões inusitadas’, mas descarta risco
Presidente do BC diz que segue monitorando as implicações da sanção para as instituições financeiras

O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, questionou as razões por trás da sanção americana contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes — através da Lei Magnitsky. “O que chama a atenção são as razões por trás das sanções, que parecem inusitadas, digamos assim”, disse durante coletiva com jornalistas, nesta sexta-feira, 5. O governo dos Estados Unidos acusa Moraes de promover censura e prisões arbitrárias que violam os direitos humanos, e de perseguição política contra o ex-presidente Jair Bolsonaro — hoje julgado no STF por atentar contra o Estado Democrático de Direito.
Independente das razões por trás da imposição da Lei Magnitsky contra Moraes, Galípolo diz que a sanção não é preocupante para o sistema financeiro. “Vamos seguir acompanhando (as implicações), mas sem preocupação”. Segundo a lei americana, empresas do país e instituições financeiras que têm representação nos EUA — como grandes bancos brasileiros — não poderiam ter relações com o ministro do STF. Os bancos ainda veem os limites da aplicação da lei como incertos.