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Galípolo e Fundo Garantidor de Crédito se reúnem para avaliar o Banco Master

Mercado aposta que destino da instituição seja decidido pelo Banco Central nos próximos dias

Por Márcio Juliboni Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 3 out 2025, 12h54 - Publicado em 3 out 2025, 10h32

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, se reúne na tarde desta sexta-feira, 3, com representantes do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) para avaliar a situação do Banco Master. O encontro de uma hora está marcado para começar às 12h30. Segundo o jornal Valor Econômico, nesta semana, o foco será o vencimento de uma linha de 4 bilhões de reais concedida pelo FGC ao Master em maio para enfrentar a onda de resgates de seus clientes, após a eclosão de uma crise de confiança em relação aos ativos que lastreiam seus Certificados de Depósito Bancário (CDBs). Após uma rolagem de 30 dias, a dívida da instituição com o FGC vence nesta semana.

Ainda de acordo com o Valor, especula-se no mercado que o fundo teria postergado novamente o prazo, embora a contragosto, mas os analistas estão cada vez mais céticos quanto à capacidade do Master de superar a crise. Além disso, Galípolo deve viajar aos Estados Unidos em 13 de outubro, e muitos acreditam que o chefe do BC queira resolver o destino do banco controlado por Daniel Vorcaro antes de embarcar. A maior aposta é que o BC decrete a intervenção do Master.

Desde o socorro do FGC, Vorcaro tenta levantar recursos para manter as operações. No fim de setembro, o grupo vendeu a seguradora Kovr para sócios minoritários por um valor não divulgado. Ele também estaria buscando interessados no banco digital Will Bank. O próprio Master é objeto de uma negociação envolvendo o Banco de Brasília (BRB), controlado pelo governo do Distrito Federal.

No início de setembro, contudo, o BC vetou a transação, argumentando que as dívidas do Master ameaçariam a solvência do próprio BRB, devido ao risco de sucessão, expresso pela assunção das obrigações da instituição pelo seu comprador. O veto desagradou parlamentares da oposição, que chegaram a pautar na Câmara um projeto que autorizava a demissão de diretores do BC que contrariassem “os interesses nacionais”. A chantagem, contudo, não surtiu efeito e a reprovação do acordo foi elogiada por pesos-pesados do mercado financeiro como o ex-presidente do BC Armínio Fraga.

Os problemas do Master começaram a surgir no segundo semestre do ano passado, quando a instituição chamou a atenção por oferecer CDBs com retornos de até 140% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário), uma taxa muito acima da média do mercado. Na virada do ano, ficou claro que a rentabilidade agressiva era lastreada em ativos de alto risco, tais como os precatórios de dívidas públicas. Como se sabe, o pagamento dos precatórios depende da disponibilidade de orçamento da União, de estados e de municípios, e é comum que seja postergado por falta de dinheiro.

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Desde que a desconfiança sobre a capacidade de o Master honrar seus compromissos se alastrou, seus clientes promovem uma corrida de resgates, a fim de evitar perdas. A linha de 4 bilhões de reais do FGC foi liberada justamente para evitar que o banco fique insolvente. A reunião entre Galípolo e o fundo, nesta sexta-feira, vai avaliar se o remédio surtiu o efeito desejado ou se são necessárias medidas mais duras.

Os fatos que mexem no bolso são o destaque da análise do VEJA Mercado:

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