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A fala de Galípolo que reforça o viés contracionista do Copom

Presidente do Banco Central diz que o comunicado e ata de março “passaram bem” pelos últimos 40 dias

Por Felipe Erlich Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 28 abr 2025, 20h11 - Publicado em 28 abr 2025, 11h35

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse nesta segunda-feira, 28, que as principais mensagens passadas pela última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) seguem vigentes, uma vez que o colegiado teria traçado um cenário que se confirmou nos últimos meses. Galípolo reforçou que está particularmente preocupado com “uma inflação corrente que está rodando acima da meta, uma economia que mostra sinais ainda muito incipientes de arrefecimento, expectativas desancoradas, a necessidade de dar o devido tempo para a política monetária fazer efeito, e a necessidade de ganhar flexibilidade e ter cautela em um mundo onde a incerteza se elevou”. Nesse sentido, o presidente do BC disse que o comunicado e a ata da reunião de março “passaram bem” pelos últimos 40 dias. A fala ocorreu durante evento do banco Safra.

Além de afirmar que a comunicação do Banco Central segue na mesma linha desde dezembro do ano passado, Galípolo enfatizou que a autarquia fez “um esforço grande de avançar para um terreno contracionista com alguma segurança, independente da taxa neutra que se considere”. O que está sendo debatido no BC, que segue vigilante em relação à inflação, é a dose de contracionismo necessária. Apesar da ofensiva contracionista do BC, a economia segue demonstrando “resiliência” e “dinamismo”, no entanto, segundo o presidente.

Sobre a mudança na economia mundial trazida pelo governo dos Estados Unidos, comandado por Donald Trump, Galípolo frisou que é um momento difícil para fazer revisões em análises econômicas, dado o alto grau de incerteza corrente, mas ponderou efeitos da política isolacionista de Trump. “O que fica talvez mais perene é um sentimento de quebra de confiança (em relação aos Estados Unidos) ou elevação da incerteza”, disse. O presidente do BC chamou a atenção para o fato de que aliados históricos dos EUA, como a Alemanha e a Europa em geral, estão buscando alternativas de proteção.

As consequências do governo Trump no campo militar e de defesa seriam consideráveis, segundo o presidente do BC, mas a mudança não é tão radical no campo dos mercados globais. “A profundidade do mercado americano hoje é praticamente impossível de substituir. Estamos falando de um mercado de títulos que é praticamente dez vezes maior que o mercado de títulos europeu, por exemplo”. Galípolo acredita que, apesar do cenário tumultuado globalmente, o Brasil está relativamente bem posicionado e pode, inclusive, ganhar espaço no comércio internacional a partir da exportação de commodities, uma vez o país tem contas externas equilibradas, parceiros comerciais diversos, segurança energética, segurança alimentar e reservas internacionais, entre outras vantagens.

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