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Gargalhada bilionária

Com fortuna avaliada em US$ 150 bilhões, Jeff Bezos superou o recorde dos recordes: possui montante maior que o PIB de Cuba e o da Bulgária somados

Por Bianca Alvarenga Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 16h03 - Publicado em 21 dez 2018, 07h00

selo-retrospectiva-2018Em março, com base em seus bens, ações e dividendos, Jeff Bezos, o mandachuva da Amazon, tornou-se o homem mais rico do planeta. Mas sempre aparecia alguém para lembrar que Bill Gates, fundador da Microsoft, esteve em um patamar superior no auge de seu império de softwares, na virada do século. É que, ajustado pela inflação, o patrimônio de Gates valia 149 bilhões de dólares em 1999, antes do estouro da bolha da internet. Pois em 16 de julho Bezos demoliu qualquer rivalidade: com uma fortuna avaliada em 150 bilhões de dólares, superou o recorde dos recordes — uma cifra maior que o PIB de Cuba e o da Bulgária somados.

No mundo corporativo, 2018 foi o ano das empresas de tecnologia. Em agosto, a Apple atingiu o inédito valor de 1 trilhão de dólares na bolsa de valores, o equivalente a metade do PIB brasileiro em 2017. São quase 4 trilhões de reais. Os investidores se animaram com as boas vendas do carésimo iPhone X, cujo preço de lançamento partiu de 1 000 dólares nos EUA e de 7 000 reais no Brasil, e com a diversificação de receitas conduzida pelo presidente Tim Cook, que viu crescer seus serviços de venda de aplicativos e de música.

Apesar de estarem a um universo estelar de distância das corporações americanas, as startups brasileiras também tiveram seus momentos de glória. Em 2018, cinco empresas nacionais tornaram-se unicórnios — termo usado no Vale do Silício para identificar as companhias avaliadas em mais de 1 bilhão de dólares.

A primeira a alcançar o patamar mítico foi a 99, aplicativo de transporte cujo controle foi adquirido pela chinesa Didi. Por meio de ofertas públicas de ações na Bolsa de Nova York, a PagSeguro e a Stone, ambas empresas de pagamentos, também bateram os dez dígitos. Fecham o time a fintech Nubank e o aplicativo de entregas iFood. Quem duvida que, nesse ritmo, o mundo digital produzirá mais unicórnios em 2019?

Publicado em VEJA de 26 de dezembro de 2018, edição nº 2614

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