ASSINE VEJA NEGÓCIOS

Geração de energia solar cresceu 58% em 2020 e espera Casa Verde e Amarela

Setor se beneficiou de queda de 90% de preço na década; em 2021, setor quer aprovação de projeto que zera encargos e tarifas de uso a microgeradores

Por Diego Gimenes
31 dez 2020, 08h00

Foi um ano ensolarado para a indústria de energia fotovoltaica. Apesar do estrago causado pelo coronavírus na economia, o setor é um dos com mais motivos para festejar o ano de 2020. Com preços mais competitivos — uma vez que o custo de instalação de energia solar no Brasil caiu mais de 90% na década –, a geração via painéis solares cresceu 58% na comparação com 2019. Para 2021, o setor anseia pelo projeto de lei 5829/19, que entrou em regime de urgência na Câmara e garantiria desconto de 100% em encargos e tarifas de uso dos sistemas de transmissão e de distribuição a micro e minigeradores de energia solar, o que deixaria a instalação dos painéis ainda mais atraente.

Um dos fatores que joga a favor do Brasil na balança é a própria tropicalidade do nosso país. Na Europa, onde a transição energética para fontes renováveis está mais avançada, o fator de capacidade de geração é de aproximadamente 10%, enquanto no Brasil esse índice chega aos 30%. “Ao atrair novos investimentos e dezenas de milhares de novos empregos, o setor contribuiu com a recuperação econômica sustentável do país em 2020”, analisa Rodrigo Sauaia, presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). O estado de Minas Gerais lidera a geração de energia solar, com 19,2% do total produzido no país.

Ainda está nos planos do setor a instalação desses sistemas nas residências do programa Casa Verde e Amarela, anunciado em agosto para substituir o antigo Minha Casa, Minha Vida. Neste caso, o projeto ainda precisa ser convertido em lei pela presidência da República e entrar em funcionamento. “Todos os municípios e estados brasileiros possuem elevado potencial solar, fazendo desta tecnologia uma importante propulsora de crescimento”, comenta Sauaia.

Com a procura cada vez maior pelos painéis solares, os grandes bancos ampliaram os prazos de financiamento das instalações. Outra opção para os consumidores é por meio de fintechs especializadas no tema. A Solfácil, primeira fintech de energia solar do Brasil, vai fechar 2020 com um crescimento médio mensal de 30% e deve superar a marca de 100 milhões de reais financiados, uma expansão de 10 vezes em relação a 2019. Na linha de crédito da empresa, o consumidor pode pagar o sistema em até 120 vezes, com juros em torno de 1% ao mês. “Na prática, o consumidor substitui um custo por um investimento, economiza dinheiro e gera impacto social e ambiental”, explica Fábio Carrara, CEO da Solfácil. Ele garante que o valor da prestação mensal fica até 30% inferior ao custo com a conta de energia elétrica.

Mesmo diante da pandemia de Covid-19, o ano de 2020 comprovou a crescente competitividade da fonte solar fotovoltaica. Desde 2012, quando a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) publicou a resolução normativa que permitiu aos consumidores realizarem a troca da energia gerada com a da rede elétrica, foram mais de 36 bilhões de reais em investimentos privados no Brasil, que permitiram a geração de 220 mil novos empregos e evitaram a emissão de 1,1 milhão de toneladas de CO2 na atmosfera. Ao todo, são 353 mil sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

OFERTA RELÂMPAGO

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 1,99/mês*

Revista em Casa + Digital Completo

Veja Negócios impressa todo mês na sua casa, além de todos os benefícios do plano Digital Completo
a partir de 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$ 1,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.