A população brasileira está envelhecendo mais rápido do que o esperado pelas pesquisas demográficas de três anos atrás. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a população de 50 anos ou mais era de 15,1% em 2000 e saltou para 27,9% em 2024. Para 2050, esse grupo deve chegar a 42,3% dos brasileiros e, para 2078, estima-se que ele ultrapasse os 50%.

Com isso, a “geração prateada”, nome dado às pessoas acima de 50 anos, ampliou seu potencial econômico, principalmente no quesito de consumo das famílias, de acordo com a pesquisa “Mercado prateado: consumo dos brasileiros 50+ & projeções”, da Data8. Essa parcela da população deve ter um grande avanço na sua participação econômica, saindo de 24% (ou 1,8 trilhão de reais) em 2024 para 35% (ou 3,8 trilhões de reais) em 2044. Os dados foram divulgados antecipadamente ao jornal Valor Econômico.

O estudo também detalha a parcela de produtos e serviços de diferentes grupos nas despesas no orçamento doméstico. A habitação corresponde ao maior setor. Para aqueles de 50 a 54 anos, ela representa 26% dos gastos mensais, enquanto para os 80+, ela é de 30%. Já o transporte significa 18% dos gastos para o primeiro grupo e cai para 10% em relação ao segundo grupo.

Conforme o jornal, especialistas da área afirmam que, apesar da inclusão em debates políticos, econômicos e empresariais, o tema ainda carece de discussões no debate público. A questão é relevante principalmente porque esse é o grupo provedor das famílias, em um mercado de trabalho marcado por precarização e aumento da informalidade. Outro levantamento trazido por profissionais é sobre a diversidade dessa população. Para eles, as diferentes características e perfis de cada idade devem ser levados em consideração para o planejamento de políticas públicas e estratégias de negócios no setor privado.

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