O executivo brasileiro Carlos Ghosn pagou uma fiança de 1 bilhão de ienes (cerca de 33,8 milhões de reais) e deixou a prisão em Tóquio nesta quarta-feira 6. O ex-presidente do conselho de administração da Nissan estava preso na capital japonesa há 108 dias, acusado de falsificar informes sobre seus rendimentos e de ter se beneficiado pessoalmente de recursos da montadora.
A Corte Distrital de Tóquio garantiu, na terça-feira 5, a possibilidade de Ghosn ser liberado sob fiança. Dois pedidos semelhantes haviam sido rejeitados nas últimas semanas. Desde então, o executivo trocou de advogados e passou a fazer críticas sobre o sistema judicial japonês, que considera injusto.
Ghosn deverá ser julgado daqui a pelo menos seis meses. Ele nega ter cometido irregularidades.
Desta forma, esta instância aceitou o pedido apresentado na semana passada pela nova equipe de defesa de Ghosn, depois de rejeitar dois pedidos semelhantes apresentados por seus antigos advogados.
O empresário franco-brasileiro-libanês de 64 anos, que presidia a aliança Nissan-Mitsubishi Motors-Renault, é acusado de sonegar 5 bilhões de ienes (170 milhões de reais) em imposto de renda entre 2010 e 2015. Ele também é suspeito de sonegação de renda entre 2015 e 2018, de abuso de confiança, assim como de desviar dinheiro de uma conta da Nissan para um amigo saudita.
Carlos Ghosn foi preso em 19 de novembro e estava na Casa de Detenção de Tóquio.
(Com EFE e Estadão Conteúdo)