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Gigantes de cara nova: Petrobras e Vale encerram 2024 sob nova direção

A mineradora e a petrolífera foram cortejadas por políticos de todos os tons partidários, na esperança de agradar a suas bases eleitorais

Por Márcio Juliboni Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 22 dez 2024, 08h00

A Petrobras e a Vale encerraram 2024 sob nova direção — e isso não é apenas uma questão interna. Afinal, elas são as duas maiores empresas do país, com extensa influência na economia. Suas receitas somadas superaram meio trilhão de reais no acumulado do ano até setembro. Seus investimentos em 2024 totalizam 20 bilhões de dólares (cerca de 115 bilhões de reais). Essa montanha de dinheiro faz com que a mineradora e a petrolífera sejam cortejadas por políticos de todos os tons partidários, na esperança de agradar a suas bases eleitorais, seja pelos investimentos que geram empregos, seja pelos polpudos royalties e dividendos distribuídos, seja pelos impostos pagos.

Por isso, a capacidade de se relacionar bem com qualquer pessoa foi determinante para que o conselho de admi­nis­tra­ção da Vale elegesse Gustavo Pimenta, até então diretor financeiro, para o posto de executivo-chefe. Anunciado no fim de agosto, ele teve a posse antecipada para outubro — o plano original era que substituísse Eduardo Bartolomeo em janeiro de 2025. Pimenta entende seu novo papel. “Seremos uma empresa mais aberta ao diálogo”, afirmou a VEJA Negócios, em entrevista publicada na edição de setembro — a primeira concedida após sua promoção. A Vale também apostará na produção de cobre e níquel, metais necessários para a transição energética, e na abertura de novos mercados, para compensar a esperada freada de sua maior cliente, a China, nos próximos anos.

O presidente Lula até tentou emplacar Guido Mantega, seu ex-ministro da Fazenda, no lugar de Pimenta, mas desistiu diante dos mecanismos de governança que protegem a Vale de ingerências indevidas e da forte reação dos acionistas minoritários. Muito mais fácil para Lula foi substituir Jean Paul Prates por Magda Chambriard no comando da Petrobras em maio. Funcionária da estatal desde 1980, ela recebeu duas missões: impedir que os combustíveis pesem na inflação e encarnar o desejo de Lula de que a empresa impulsione a economia. Chambriard é a oitava presidente da Petrobras desde 2019. A alta rotatividade no cargo mostra quanto é difícil agradar a quem quer que esteja no Palácio do Planalto.

Publicado em VEJA de 20 de dezembro de 2024, edição nº 2924

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