A General Motors (GM) anunciou na terça-feira que dará folga para cerca de 3.000 trabalhadores da montadora em São José dos Campos, no interior de São Paulo. É a segunda vez que a empresa adota o dayoff (dia de folga) em menos de um mês.
Desta vez, serão três dias de folga para os funcionários. A medida não afeta nenhum direito trabalhista ou salarial, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos da região.
Desde abril, a GM tenta negociar com o sindicato a implantação do layoff – a suspensão dos contratos de trabalho. Até agora não houve acordo, mas uma nova reunião irá discutir o tema em 9 de maio.
Há duas semanas, a empresa anunciou dayoff para uma parte da equipe de funcionários. Eles foram divididos em duas turmas: A primeira, que voltou para a fábrica no dia 3 de maio, ficará em casa novamente por conta do dayoff entre os dias 9 e 12 de maio. Uma segunda turma, que voltará da ‘folga’ amanhã, terá que ficar em casa durante os dias 10 até o dia 13 de maio.
Na unidade de São José dos Campos são fabricados os carros do modelo Chevrolet S10 e o Chevrolet Trailblazer.
A General Motors informou que não irá se pronunciar sobre o assunto.
São Caetano
Na fábrica da GM em São Caetano, os trabalhadores atravessam situação similar. Há dois anos, a montadora mantém 754 trabalhadores em layoff e sinalizou possibilidade de demitir estes funcionários.
“A empresa diz que, para o ritmo atual de produção de veículos, dois turnos de trabalhadores são suficientes. À época em que eles começaram a ser afastados, em novembro de 2014, tínhamos três turnos”, conta o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, Francisco Nunes.
Os trabalhadores suspensos se queixam que a montadora não realiza rodízio entre os funcionários ativos e os que estão em casa. Ainda segundo o sindicato, em 2016, a GM demitiu cerca de 160 operários que estavam em layoff.
Na unidade de São Caetano, são fabricados os modelos Cobalt, Spin, Montana e Ônix Joy.