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Google cede e corta pela metade sua comissão em loja de aplicativos

Companhia cobrava taxa de 30% em transações na loja de aplicativos; agora, pequenos negócios vão pagar 15% até atingirem US$ 1 milhão em receitas

Por Diego Gimenes
16 mar 2021, 16h48

A disputa entre desenvolvedores e Big Techs ganhou um novo capítulo nesta terça-feira, 16. Após uma queda de braço entre os lados a respeito das comissões cobradas em compras de aplicativos ou assinaturas específicas nas lojas, o Google, responsável pela Play Store, loja de aplicativos do Android, cortou pela metade a comissão a que tem direito em movimentações financeiras realizadas na plataforma. A mudança vale apenas para os negócios que ainda não atingiram a marca de 1 milhão de dólares em receitas na loja de aplicativos. Agora, os pequenos desenvolvedores vão arcar com uma tarifa de 15% até atingirem o objetivo estipulado pelo Google.

A decisão da big tech norte-americana liderada por Sundar Pichai está em linha com o que a concorrente Apple havia determinado para a App Store em novembro, quando cortou a taxa de intermediação para 15%.

O embate já é de longa data, tanto que, inicialmente, a pedida da categoria era de que as companhias zerassem as taxas sobre pagamentos nos aplicativos. Com a mudança, as empresas tentam apaziguar os ânimos. De acordo com o Google, a novidade fará com que “99% dos criadores vejam uma redução de 50% nas taxas”. O corte nas tarifas, entretanto, passa a valer somente em 1° de julho de 2021, no mundo inteiro.

O episódio mais marcante dessa novela aconteceu em agosto de 2020, quando Apple e Google baniram a Epic Games — responsável por títulos famosos, como Fortnite — de suas lojas. A desenvolvedora tinha encontrado uma forma de driblar os “impostos” cobrados pelas empresas por meio da criação de seu próprio sistema de pagamentos. O usuário era direcionado para um ambiente fora do aplicativo para concluir as compras relacionadas ao game. Desde então, travam uma batalha nos bastidores acerca das tarifas. As Big Techs também estão na mira do Reino Unido e da União Europeia, que buscam maneiras de punir as companhias por práticas anticompetitivas que desestimulam a livre concorrência nos países.

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