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Governo amplia mistura de etanol na gasolina e espera baratear combustível

Medida é anunciada por Lula como maneira de reduzir as importações de petróleo em meio a conflito no Oriente Médio

Por Juliana Elias Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 25 jun 2025, 15h08 - Publicado em 25 jun 2025, 14h32

O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) do Ministério de Minas e Energia aprovou, nesta quarta-feira, 25, o aumento da mistura obrigatória de etanol na gasolina de 27% para 30%. Trata-se da E30, nome da gasolina que tem um terço de sua composição em etanol. A resolução também aprovou o aumento da mistura de biodiesel no diesel de 14% para 15%, o B15. Os combustíveis com os novos teores de mistura serão obrigatórios nos postos de abastecimento do país a partir de 1º de agosto.

O anúncio foi feito nesta manhã em evento com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro de Mines e Energia, Alexandre Silveira, e outros ministros. O CNPE é um colegiado presidido pelo ministro da Energia e formado pelos demais ministros, além de representantes dos estados, municípios e sociedade civil, e tem o objetivo de assessorar a Presidência na condução da política energética do país.

Como os biocombustíveis são produzidos internamente, sem depender de importações, como acontece com a gasolina e o diesel, além de ter também uma carga tributária menor, a expectativa do governo é que, com o aumento da mistura, o preço do combustível na bomba possa ficar menor para os consumidores. As estimativas do governo são de que o litro da gasolina possa ficar de 11 a 20 centavos mais barata.

Além da redução das emissões, as autoridades destacam ainda que a fatia maior em combustíveis renováveis reduz as importações da gasolina e colabora para a autossuficiência energética. “Com este ato, voltaremos a ser autossuficientes em gasolina após 15 anos e reduzimos a necessidade de importação do diesel”, afirmou Alexandre Silveira.

A medida é anunciada em um momento em que a escalada de tensões entre Irã e Israel, no Oriente Médio, coloca em risco parte da oferta global de petróleo e acende os temores de uma disparada nos preços do barril. Desde a descoberta e início da produção do pré-sal, nos anos de 2010, o Brasil se tornou exportador líquido de petróleo, isto é, as exportações já superam as importações. O país ainda depende, entretanto, da exportação de petróleo e derivados para a fabricação da gasolina e do diesel, já que o petróleo produzido internamente é diferente do usado no refino dos combustíveis.

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