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Governo descarta resultado positivo para setor público até 2020

Serão sete anos consecutivos de dados negativos: o Brasil acumula déficits primários desde 2014

Por Da redação
Atualizado em 15 ago 2017, 22h10 - Publicado em 15 ago 2017, 21h44
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  • O governo anunciou nesta terça-feira novas e maiores metas de déficit primário, que subirão a 159 bilhões de reais neste e no próximo ano, confirmando a tendência de deterioração das contas públicas.  Com a revisão da meta, a equipe econômica também retirou de seu horizonte a previsão de um superávit primário para o setor público consolidado até 2020.

    Antes do anúncio desta terça-feira, a expectativa era que o Brasil teria um superávit de 23,2 bilhões de reais em 2020. Agora, a estimativa passou para um rombo de 51,8 bilhões de reais nas contas públicas.

    Com isso, serão sete anos consecutivos de dados negativos: o Brasil acumula déficits primários desde 2014.

    Para 2019, a perspectiva de déficit foi substancialmente piorada a 137,8 bilhões de reais, contra 63,8 bilhões de reais antes.

    Já para este ano e o próximo, as metas de déficit para o setor público foram revisadas a 163,1 bilhões de reais e 161,3 bilhões de reais, respectivamente, contra 143,1 bilhões de reais e 131,3 bilhões de reais anteriormente.

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    Ao fazer o anúncio das metas de 2017 e 2018, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, justificou as mudanças diante da queda “substancial” na arrecadação.

    Meirelles afirmou que as medidas anunciadas hoje mostram que o governo está no limite da capacidade de redução de gastos. “São proposta duras, rigorosas, mostrando seriedade do ajuste fiscal do Brasil.”

    Entre as medidas anunciadas para fechar o rombo das contas públicas está o adiamento do reajuste dos servidores, achatamento dos salários iniciais e aumento da contribuição previdenciária da categoria.

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    “Se fizer um resumo é de que estamos fazendo um corte de despesa de relevante das despesas discricionárias, aquelas que podemos mexer. Gostaria de lembrar que a maior parte das despesas são obrigatórias, como a Previdência.”

    Ele voltou a defender a reforma da Previdência e disse acreditar que ela pode entrar na pauta de votação do Congresso ainda neste ano.

    (Com Reuters)

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