ASSINE VEJA NEGÓCIOS

Governo do Rio decide questionar dívida do estado no STF

Suprema Corte será acionada para decidir se União tem competência para cobrar juros da dívida com o estado, uma estratégia jamais tentada

Por Ricardo Ferraz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 11 dez 2023, 17h48

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, anunciou nesta segunda-feira que está estudando meios para questionar a dívida do estado com a União no Supremo Tribunal Federal. Atualmente, o débito é de 187 bilhões de reais e o pagamento de juros leva a uma queda de receita da ordem de 10 bilhões de reais ao ano.

Segundo o governador, a estratégia será a de defender na corte superior que o governo federal não tem competência para cobrar juros, apenas mora. A linha de defesa jamais foi tentada e deve ser apresentada pela procuradoria do estado, no início do ano que vem.

“É a população quem está pagando essa conta. O dinheiro deixa de ir para a saúde e a educação para enriquecer escritórios de advocacia”, disse Castro durante entrevista coletiva em que apresentou um balanço do primeiro ano de governo, no Palácio das Laranjeiras.

O governo reclama particularmente da lei 194, aprovada durante o governo de Jair Bolsonaro, pouco antes do início da campanha eleiotoral, que reduziu as alíquotas do ICMS sobre combustíveis, energia elétrica e telecomunicações. De janeiro a setembro deste ano, estima-se que 2,7 bilhões em receitas deixaram de entrar nos cofres do estado. “Se não fosse pela parcela da dívida e das perdas da 194, teríamos registrado superávit”, apontou o governador.

Segundo cálculos intermos, mesmo se honrar com as parcelas, o estoque da dívida segue subindo. Isso porque os juros cobrados somados à  correçao monetária pelo IPCA chega a ser quatro vezes maior do que as taxas de crescimento do estado, que ficam entre 1,5 e 2% ao ano. “O estoque cresce quase 18 bilhões de reais ao ano”, aponta Nicola Miccione, secretário da Casa Civil.

Continua após a publicidade

Negociações com a União

O governo do Rio segue em negociações com a equipe econômica do governo federal para tentar chegar a uma solução para o caso, assim como outros estados, como Minas Gerais, Rio Grande do Sul, São Paulo e Goiás. Embora tensas, as conversas têm evoluído, segundo o governador. Espera-se que as partes cheguem a um novo termo para uma renegociação até o fim do primeiro trimestre de 2024.

“O pau canta, como tem que cantar e como cantava com Paulo Guedes”, disse Castro, se referindo às dificuldades de convencer os técnicos do Tesouro Nacional a acertar novas condições. O próprio governo federal tem se esforçado para equilibrar as contas públicas e resisite a diminuir as receitas.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

OFERTA RELÂMPAGO

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 1,99/mês*

Revista em Casa + Digital Completo

Veja Negócios impressa todo mês na sua casa, além de todos os benefícios do plano Digital Completo
a partir de 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$ 1,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.