A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda elevou as suas projeções tanto para o crescimento do país em 2025 quanto para a inflação esperada. Pelas novas estimativas oficiais, o produto interno bruto brasileiro deve crescer 2,4% neste ano, ante projeção anterior de 2,3%, divulgada em março.

Já o IPCA, indicador oficial de preços, foi revisto de 4,9% para 5% – confirmando a tendência de uma inflação fora da meta e também estourando o teto de tolerância até o fim do ano. A meta para a inflação do país é de 3%, com uma banda de tolerância entre 1,5% e 4,5%. As informações fazem parte do Boletim MacroFiscal, divulgado nesta segunda-feira, 19.

Entre as razões para um crescimento maior, a equipe técnica da Fazenda cita um primeiro trimestre que se mostrou mais forte do que o esperado, puxado, essencialmente, pelo agronegócio, que ajudo a contrabalancear “a moderação no ritmo de crescimento de setores cíclicos e menores impulsos vindos do mercado
de trabalho e crédito”, de acordo com o relatório.

A estimativa para o crescimento do primeiro trimestre foi revista de 1,5%, no boletim de março, para 1,6%, na divulgação atual. O resultado do primeiro trimestre será divulgado pelo IBGE em 30 de maio. No segundo semestre, a projeção é que “o PIB tende a desacelerar, ficando próximo da estabilidade”.

No caso da inflação, pesou na revisão para cima o fato de o IPCA ter acelerado nos últimos meses. “Apesar da contribuição do cenário externo para a inflação doméstica ser negativa no curto prazo (…), no cenário considerado, a redução na inflação passa a ser observada de maneira mais regular apenas a partir de setembro”, disse a SPE no boletim.

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