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Risco de apagão: impasse entre democratas e republicanos leva EUA à beira do shutdown

Embora rotineiro e usado como tática política, o shutdown pode afetar de salários de servidores a serviços públicos

Por Luana Zanobia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 set 2025, 10h56 - Publicado em 30 set 2025, 10h01

Em Washington, líderes democratas e republicanos deixaram a reunião de segunda-feira, 29, com o presidente Donald Trump em clima de impasse, aumentando a probabilidade de uma paralisação a partir de quarta-feira, 1.

O Congresso precisa aprovar até a noite de terça, 30, uma lei de gastos temporária para manter o governo funcionando. Mas, como de hábito, o acordo se transformou em um palco de disputas políticas. Democratas exigem a extensão de subsídios de saúde e a reversão de cortes orçamentários em programas sociais; republicanos acusam a oposição de usar a ameaça de shutdown para avançar prioridades eleitorais. O resultado: troca de acusações e incerteza.

Desde 1981, os Estados Unidos viveram 14 paralisações do governo federal. A maioria durou poucos dias, um soluço passageiro que gera mais barulho político do que impacto econômico. Mas quando a disputa se prolonga, os custos se acumulam. Durante o impasse de 35 dias em 2018/2019, o mais longo da história, o PIB americano encolheu em cerca de US$ 11 bilhões, segundo o Congressional Budget Office. O efeito não vem apenas do atraso nos salários de centenas de milhares de funcionários públicos, mas também da paralisia em agências regulatórias, licenciamento de projetos, contratos de defesa e até na divulgação de dados econômicos.

Um shutdown nesta semana, caso se concretize, começaria com funcionários federais em licença não remunerada e serviços considerados “não essenciais” interrompidos. Isso inclui desde museus e parques nacionais até aprovações de empréstimos e certas operações do Tesouro. Wall Street já se acostumou a tratar o risco como parte do calendário político, mas investidores estão atentos ao timing: em um momento em que o Federal Reserve ainda calibra sua política monetária diante de uma economia resiliente, a incerteza fiscal adiciona ruído desnecessário.

Nos anos 1980, Ronald Reagan já usava a ameaça de shutdown para forçar negociações orçamentárias. Décadas depois, a prática se cristalizou em ritual.

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Se a paralisação se confirmar, ela dificilmente será longa, o custo político é alto demais para ambos os lados. Mas cada crise reforça uma sensação de desgaste: a incapacidade recorrente de o Congresso lidar com algo tão básico quanto financiar o governo mina a credibilidade da maior economia do mundo.

Os fatos que mexem no bolso são o destaque da análise do VEJA Mercado:

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