Governo fecha contas de janeiro no verde com superávit de R$ 84,9 bilhões
Em comparação a janeiro do ano passado, crescimento foi de 6,8%; meta para o ano é zerar o resultado negativo

As contas do governo central — formado por Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social — fecharam janeiro de 2025 no verde ao registrarem um superávit primário de 84,9 bilhões de reais no mês, de acordo com os números divulgados nesta quinta-feira 27 pelo Tesouro Nacional. O resultado veio acima das expectativas da pesquisa Prisma Fiscal do Ministério da Fazenda, que apontava para um superávit de 83,4 bilhões de reais. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando foi registrado um superávit de 79,5 bilhões de reais, houve um crescimento de 6,8% no resultado primário. Em termos reais, ou seja, considerando a inflação do período, o resultado foi 2,2% maior.
Esse indicador aponta em quanto as despesas da União ficaram menores do que a arrecadação (superávit) ou em quanto superaram as receitas (déficit), sem considerar os gastos com juros. No acumulado em um período de doze meses, o resultado segue negativo e é de 42,2 bilhões, o equivalente a 0,32% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, segundo o Tesouro.
O resultado conjunto do Tesouro Nacional e do Banco Central foi superavitário em 104,5 bilhões de reais, enquanto a Previdência Social (RGPS) apresentou um déficit de 19,6 bilhões. O documento reforça que, comparado a janeiro de 2024, o resultado primário observado decorreu da combinação de um acréscimo real de 3,7% (9,1 bilhões de reais) da receita líquida e de um aumento de 4,4% (7,3 bilhões de reais) das despesas totais.
A meta para 2025 é que o resultado primário seja zerado, ou seja, que os gastos fiquem empatados com as despesas, com uma margem de tolerância de 0,25 ponto percentual do PIB para mais ou para menos. Isso significa que o limite do governo seria um déficit de até 31 bilhões de reais, sem que nenhuma sanção seja acionada. O limite de despesas para este ano é fixo em 2,249 trilhões de reais.