ASSINE VEJA NEGÓCIOS

Guedes está resignado com sanção de Bolsonaro a fundo eleitoral

Apesar de insatisfeito com montante, ministro diz que os parlamentares "têm a faca e o queijo na mão" para definir a destinação do Orçamento

Por Victor Irajá Atualizado em 9 ago 2021, 23h22 - Publicado em 28 jul 2021, 14h51

O ministro da Economia, Paulo Guedes, não está nada satisfeito com a manutenção de 4 bilhões de reais em recursos para o fundão eleitoral, cuja sanção o presidente Jair Bolsonaro já sinalizou que fará. A auxiliares, Guedes lamenta que o montante seja sancionado, mas afirma a auxiliares que os parlamentares “têm a faca e o queijo na mão” e que o presidente não tem como vetar, por movimentos oriundos da política. Membros da equipe econômica afirmam que o possível veto ao dispositivo incorria em uma escolha de Sofia por parte de Bolsonaro, entre o respeito aos recursos públicos e manter o apoio político. Segundo membros do Ministério da Economia, os recursos para insuflar os gastos com as campanhas eleitorais vão minguar os repasses à saúde. As verbas para o fundão sairão das emendas de bancada, que normalmente têm 50% do total direcionado para a saúde municipal, por parte dos deputados.

O ministro afirma que os deputados têm autonomia para os direcionamentos dos recursos, mas dentro do Ministério da Economia existe a sensação de que o aumento do fundão representa “legislar em causa própria”. No entanto, Bolsonaro ficou impedido de vetar os recursos por pressões políticas. Na segunda-feira 26, o presidente sinalizou que sancionará “apenas” 4 bilhões de reais para o fundo eleitoral, depois de os deputados aprovarem a previsão de gastos de 5,7 bilhões de reais para as campanhas das eleições de 2022, por meio da Lei de Diretrizes Orçamentárias, a LDO. “A tendência nossa é não sancionar isso daí em respeito ao trabalhador, ao contribuinte brasileiro”, havia dito Bolsonaro à TV Brasil semanas atrás. Pelo jeito, mudou de ideia.

Depois de o presidente Jair Bolsonaro afirmar que é obrigado a sancionar o texto com pelo menos 4 bilhões de reais para o fundão, incorrendo no risco de cometer crime de responsabilidade, a Consultoria de Orçamento e Fiscalização da Câmara dos Deputados divulgou um parecer afirmando que, por lei, o repasse obrigatório para o fundo seria de apenas 800 milhões de reais. Nas eleições do ano passado, o fundo de financiamento eleitoral teve orçamento de 2 bilhões de reais. “Deixar claro uma coisa: vai ser vetado o excesso do que a lei garante. A lei prevê quase 4 bilhões. O extra de 2 bilhões vai ser vetado. Se eu vetar o que está na lei, eu estou em curso de crime de responsabilidade”, disse o presidente. Na realidade, Bolsonaro equilibra-se entre o pensamento de Guedes e a política para não se indispor com o Congresso Nacional.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas R$ 5,99/mês*
ECONOMIZE ATÉ 59% OFF

Revista em Casa + Digital Completo

Nesta semana do Consumidor, aproveite a promoção que preparamos pra você.
Receba a revista em casa a partir de 10,99.
a partir de 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.