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Guerra tarifária de Trump provoca realinhamento de cadeias produtivas globais

Protecionismo americano aumenta a volatilidade da cotação das commodities e aumenta incertezas para as empresas

Por Márcio Juliboni Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 jun 2025, 09h46 - Publicado em 7 jun 2025, 09h39

A guerra tarifária deflagrada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra os demais países aumentou as incertezas no cenário geopolítico e a volatilidade no preço das commodities. “O atual nível de incertezas é muito grande”, afirmou Gustavo Pimenta, presidente da Vale, durante o Fórum Esfera 2025, promovido pela Esfera Brasil na cidade do Guarujá (SP). Uma das maiores mineradoras do mundo, a Vale exporta pouco para os Estados Unidos, mas sente os efeitos indiretos do tarifaço, segundo Pimenta.

A tensão geopolítica causada pela guerra comercial também pressiona a cotação das commodities. Em fevereiro, por exemplo, o barril do petróleo era negociado entre 80 e 85 dólares. Hoje, está ao redor de 65 dólares. “Há dúvidas em relação à demanda devido à guerra tarifária”, disse Cristiano Pinto da Costa, presidente da Shell no Brasil. “A incerteza é enorme em relação à demanda no curto prazo.”

Ele acrescenta que o protecionismo de Trump tem provocado um rearranjo das cadeias globais de fornecimento, a fim de se adaptarem às tarifas americanas. Ainda assim, Costa afirma que, no longo prazo, a demanda por energia crescerá por três motivos: o crescimento populacional, que deve acrescentar até 2 bilhões de pessoas ao mundo até 2025, a necessidade de igualar as condições de vida do hemisfério sul às do norte, e a adoção da inteligência artificial, que absorve cada vez mais energia.

Uma alternativa para o Brasil escapar a essa polarização global é apostar em movimentos estratégicos como a transição energética. Para Pimenta, da Vale, isso implica em estimular a produção dos chamados minerais críticos à transição, como cobre, níquel e minério de ferro com alto teor de pureza. “No futuro, esses minerais terão uma função tão importante para o mundo, como o petróleo no século passado”, disse. “O Brasil tem potencial para ser a maior força global no fornecimento desses minerais.”

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