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‘Há privilégios tributários que não fazem mais sentido’ diz Haddad sobre MP do IOF

Ministro não acredita que medida provisória irá caducar amanhã; Congresso deve avaliar proposta hoje

Por Carolina Ferraz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 out 2025, 11h07 - Publicado em 7 out 2025, 10h36

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira, 7, que cortar privilégios tributários ainda é muito difícil no Brasil. “Os privilégios, para serem cortados, exigem muita determinação, sobretudo pela parte econômica”, disse Haddad ao participar do programa Bom Dia, Ministro, produzido pela EBC. Ao se referir à tramitação da Medida Provisória Nº 1.303/2025, que pode ser votada hoje pela Comissão Mista de Orçamento, o ministro declarou que “há privilégios tributários que não fazem mais sentido. E quando um privilégio não faz mais sentido ele tem que ser cortado”.

Haddad pediu calma e paciência porque os trâmites de mudanças sempre demoram, mas ele diz acreditar que a MP 1.303 não vai caducar, ou seja, não perderá o efeito a partir de amanhã, 8. Segundo o ministro, em uma democracia, é comum que se demore para aprovar uma matéria, já que todos os lados devem ser levados em consideração.

“Quando você está vendo que não faz sentido um gasto tributário, você vai manter o privilégio em nome do quê? O debate acontece, mas no final do dia a gente chega em um denominador comum. Numa democracia você vai negociar e vai ouvir todos os lados”, disse.

Principais pontos da MP 1.303/2025

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A Medida Provisória 1.303/2025 traz uma série de mudanças relevantes na tributação de investimentos e em outros setores da economia e foi proposta como alternativa ao aumento da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

No campo dos investimentos financeiros, a proposta original previa a unificação da alíquota do Imposto de Renda (IR) sobre aplicações em 17,5%, buscando simplificar a tributação. No entanto, após forte resistência da bancada ruralista, o relator decidiu manter a isenção do IR para as Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), dois instrumentos amplamente utilizados nos setores imobiliário e agrícola.

A MP também estabelece uma alíquota de 5% de IR sobre os dividendos distribuídos por Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) e Fundos de Investimento do Agronegócio (Fiagros), que até então eram isentos de tributação.

Outro ponto central da proposta é o aumento da carga tributária sobre o setor de apostas esportivas online (bets). A alíquota sobre o faturamento das plataformas deve subir de 12% para 18%, com expectativa inicial de arrecadar R$ 1,7 bilhão em 2026. Ainda assim, o governo sinalizou que poderá reduzir a alíquota para facilitar a aprovação da medida no Congresso.

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Entre as demais mudanças, a MP propõe elevar a alíquota do Imposto de Renda retido na fonte sobre Juros sobre Capital Próprio (JCP) de 15% para 20%, e também prevê o aumento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para fintechs e instituições financeiras de menor porte, aproximando a carga tributária dessas empresas à aplicada aos grandes bancos.

Com isso, o governo busca elevar a arrecadação e cumprir a meta fiscal de 2025, estimando um impacto positivo de 20 bilhões de reais nas contas públicas. As negociações no Congresso, contudo, levaram o governo a sinalizar que aceita reduzir o potencial de arrecadação em troca da aprovação do texto.

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