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Haddad desconversa sobre mudar meta fiscal de 2026 e diz que Lula é ‘campeão’ de austeridade

Para o ministro, o mercado e o Congresso fizeram vista grossa ao descontrole fiscal do governo Bolsonaro

Por Márcio Juliboni Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 1 jul 2025, 11h03 - Publicado em 1 jul 2025, 09h52

Após o governo sofrer sucessivas derrotas no Congresso em matérias econômicas, como a recente derrubada do decreto que elevou algumas alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, evitou comentar sobre uma eventual mudança na meta fiscal do ano que vem. A meta atual de 2026 é gerar um superávit equivalente a 0,25% do produto interno bruto (PIB), com margem de tolerância de 0,25 ponto percentual para mais ou para menos.

Ao ser questionado por jornalistas na manhã desta terça-feira, 01, sobre a intenção do governo de alterar a meta, Haddad desconversou. “Não sei, mas nós não estamos fazendo essa conta”, afirmou. O titular da Fazenda aproveitou para criticar a postura do mercado e do Congresso, que teria sido mais leniente com o descontrole das contas públicas da gestão anterior. “Nós não somos o governo Bolsonaro, a quem tudo foi permitido para ganhar a eleição.”

Segundo Haddad, o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é marcado pela “responsabilidade” com o dinheiro púbico. “O presidente Lula é o presidente da responsabilidade fiscal”, disse. “Não tem outro campeão de responsabilidade fiscal.”

O debate sobre uma eventual alteração da meta de 2026 ganhou corpo entre economistas e agentes financeiros nos últimos dias, após a expressiva derrota do Palácio do Planalto no episódio da derrubada do decreto que elevava o IOF. Na semana passada, por exemplo, a Instituição Fiscal Independente (IFI), ligada ao Senado, qualificou as atuais metas de 2026 como “inatingíveis”.

Segundo a IFI, no cenário otimista, o governo precisaria contingenciar 27,3 bilhões de reais apenas para atingir o piso da meta – um déficit fiscal equivalente a 0,25% do PIB no ano que vem. No cenário básico, porém, o corte necessário de despesas seria de 75,9 bilhões. Diante disso, a IFI não descarta que a máquina pública sofra um shutdown (paralisação) já em 2026.

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Haddad evitou também comentar a possível judicialização da derrubada do aumento do IOF pelo Congresso. Ainda nesta manhã, o advogado-geral da União, Jorge Messias, concederá entrevista coletiva para comunicar se o governo recorrerá ou não ao Supremo Tribunal Federal para contestar a decisão dos parlamentares. “Essa é uma decisão jurídica, que não tem nada a ver com política ou com economia”, declarou o ministro.

Ele também evitou qualificar de “traição”, como alguns integrantes do governo têm feito, a decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), de pautar a derrubada do IOF, sem que o Palácio do Planalto tivesse tempo de apresentar uma proposta alternativa. “Nunca tratamos [do caso] nesses termos”, disse. “Esse tipo de expressão não cabe numa relação institucional”.

Haddad insistiu, contudo, que a revisão das alíquotas determinada pelo decreto assinado por Lula era apenas um procedimento de rotina, cujo objetivo era fechar “brechas legais” que permitem que alguém “escape” de “pagar o tributo devido”.

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