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Haddad diz que Brasil está ‘de ponta-cabeça’ com pobres sustentando benefícios de ricos

Ministro contou em palestra que aceitou comandar a área econômica para promover a justiça social

Por Felipe Erlich Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 27 jun 2025, 13h19 - Publicado em 27 jun 2025, 13h16

O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, aceitou comandar a área econômica do governo federal com uma condição: ter o sinal verde de Lula para “colocar o pobre no orçamento e o rico no imposto de renda”, como prometido pelo então candidato a presidente durante a campanha eleitoral de 2022. “Falei ‘está valendo o slogan da campanha?’. Ele disse ‘lógico que está’, então eu aceitei (o cargo)”, disse o ministro durante palestra na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, nesta sexta-feira, 27. Em sua fala no Salão Nobre da faculdade, Haddad argumentou que, no Brasil, “ocorre exatamente o oposto” e frisou a estimativa da Fazenda de que 800 bilhões de reais são concedidos pelo Estado ao setor privado anualmente na forma de renúncias fiscais. “Temos uma sociedade de ponta-cabeça em que a base da pirâmide sustenta o Estado e o topo da pirâmide não comparece com a sua justa parte”, diz.

Sobre o ajuste fiscal, cuja necessidade é consenso entre diversos economistas, o ministro da Fazenda disse que a discussão se concentra na maneira de fazer a correção nas contas. Haddad afirma que o campo político da esquerda não é contra equilibrar as contas públicas, mas carrega consigo uma crítica em relação ao que ocorreu em outros momentos da história do país. “Historicamente, ajuste fiscal é sinônimo de supressão de direitos no Brasil”, diz. A pergunta fundamental, segundo o ministro, é sobre quem vai pagar a conta: “Quando vamos chamar a turma da cobertura para pagar o condomínio, sabe o que acontece? O ajuste fiscal fica em segundo plano, não é mais interessante, e ninguém mais fala no assunto”.

A fala do ministro ocorre em meio ao aumento da tensão entre o governo federal e o Congresso em torno de pautas econômicas. O Legislativo aprovou um decreto que derrubou as mudanças no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) propostas pela Fazenda, que buscavam aumentar a arrecadação para o cumprimento da meta fiscal deste ano. Após a derrota, Haddad sinalizou que o governo pode recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para reavivar a proposta. Nesta sexta-feira, 27, o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), que integra a base do governo, ingressou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no Supremo para suspender o decreto aprovado pelo Congresso. A União ainda não se manifestou sobre a ADI.

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