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Herdeiro do Walmart entra para o seleto grupo dos ricaços com mais de R$ 100 bi

Após disparo de 54% nas ações da companhia em 2024, Rob Walton aumenta ainda mais seu patrimônio financeiro

Por Leticia Yamakami 7 out 2024, 16h14

Os papéis da Walmart, multinacional norte-americana de lojas de departamento, bateram um recorde histórico. Desde o início no ano de 2024 até a última semana, as ações da companhia subiram 54%. Essa valorização fez com que Rob Walton, ex-presidente do Conselho de Administração do Walmart, atingisse 100 bilhões de dólares (ou 546 bilhões de reais) de fortuna e entrasse para a 16ª posição no ranking de pessoas mais ricas do mundo, segundo a Forbes. Apenas 16 pessoas no mundo, entre elas Walton, tem um patrimônio com 12 dígitos. 

Rob, de 79 anos, é filho do fundador da empresa, Sam Walton, que faleceu em 1992 e passou o seu cargo para o primogênito. O ex-presidente assumiu o posto até 2015, mas seguiu como membro do colegiado até junho do ano passado, quando se aposentou. Os Walton são uma das cinco famílias mais ricas do globo, mas seus irmãos ainda não fazem parte do grupo de ricaços com fortunas de 12 dígitos.

Jim Walton, de 76 anos, tem patrimônio de 98,9 bilhões de dólares e preside o Arvest Bank Group. Alice Walton é a mais nova, com 74 anos, e possui 91,3 bilhões de dólares. Ela trabalha com curadoria de arte e ações filantrópicas. Em vida, Sam Walton vendeu mais de 28 bilhões de dólares e doou mais de 11 bilhões de dólares em ações do Walmart, mas seus três herdeiros ainda detêm 45% da gigante devido a programas de recompra de ações que impediram a diluição da participação da família.

De acordo com uma estimativa da Forbes, três quartos dos papéis da família estão divididos quase igualmente entre Rob, Jim e Alice Walton, enquanto o restante pertence aos herdeiros de John Walton, irmão falecido do trio. Christy Walton, sua viúva de 75 anos, acumula 17 bilhões de dólares e Lukas Walton, seu filho de 37 anos, tem fortuna de 35,1 bilhões de dólares.

Analistas afirmam que as ações e o faturamento da varejista tiveram impulso no mês de agosto após a adesão dos consumidores à campanha “Preços Baixos Todos os Dias”, que visa combater a alta inflação. A estratégia se dá com o investimento em lojas físicas da rede e a concessão de descontos possibilitados pelo crescimento do consumo nos Estados Unidos. Esse aspecto foi reacendido pelo resfriamento da inflação no país, que havia atingido o maior nível em 40 anos em 2022.

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