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‘Prévia do PIB’ registra terceira retração seguida e indica perda de fôlego da economia

O IBC-Br recuou 0,53% em julho, com queda disseminada na indústria, agropecuária e serviços, e acumulou contração de 1% no trimestre

Por Luana Zanobia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 15 set 2025, 11h02 - Publicado em 15 set 2025, 10h16

A economia brasileira perdeu fôlego em julho. O IBC-Br, indicador calculado pelo Banco Central que serve como prévia do PIB, recuou 0,53% no mês, acumulando a terceira variação negativa consecutiva. O nível de atividade, dessazonalizado, caiu para 108,1 pontos. abaixo do pico de abril (110,2), o maior desde o início da série, em 2003. Ainda assim, na comparação anual, há algum alívio: o índice ficou 1,1% acima do registrado em julho de 2024 e 3,5% superior no acumulado em 12 meses.

“O contraste entre a queda mensal e o crescimento anual do índice ilustra bem a fase de transição da economia brasileira. Por um lado, o impulso gerado no início do ano ainda sustenta o desempenho agregado; por outro, a trajetória recente aponta para um ritmo de expansão mais contido no segundo semestre, condicionado à resiliência do mercado de trabalho e à evolução da inflação e dos juros”, analisa Ariane Benedito, economista-chefe do PicPay

O movimento recente, no entanto, preocupa. O trimestre encerrado em julho mostrou retração de 1%, resultado da sequência de quedas entre maio e julho. Para um país acostumado a oscilar entre surtos de crescimento e longos períodos de estagnação, a reversão sugere que a combinação de juros elevados e desaceleração da demanda começa a pesar mais fortemente.

A indústria liderou a contração: caiu 1,1% em julho, de 105,7 para 104,5 pontos, confirmando a fragilidade de um setor que enfrenta custos de capital historicamente altos e baixa competitividade internacional. A agropecuária, após um início de ano promissor, também encolheu (-0,8%), enquanto os serviços, tradicional motor do PIB brasileiro, recuaram levemente (-0,2%).

O pano de fundo é a Selic, mantida em 15% ao ano, o maior patamar desde 2006. A taxa, concebida para conter pressões inflacionárias, transformou-se em freio para o investimento e o consumo. Crédito caro esmaga a propensão das famílias a gastar e desestimula empresas a expandir capacidade. Se, por um lado, a inflação recua gradualmente, por outro, o custo é um crescimento que ameaça perder sustentação.

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