Em mais um dia de perseguição à marca histórica dos 100.000 pontos, o Ibovespa fechou em baixa de 0,41%, com 99.588 pontos, com a ausência de notícias capazes de impactar o desempenho da bolsa. nesta terça-feira, 19. No dia anterior, o principal índice da bolsa paulista havia atingido o recorde histórico de 99.993 pontos no fechamento do pregão.
O dia foi marcado pelo encontro do presidente brasileiro, Jair Bolsonaro com o mandatário norte-americano, Donald Trump. Em relação ao mercado, a visita não trouxe nada de novo, o que desanimou os investidores que aguardavam algum resultado concreto.
A pauta econômica que dominou o encontro entre os presidentes foi a possível entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). De acordo com André Perfeito, economista-chefe da Necton, o assunto deveria ser secundário. “O mercado não quer esperar mais, não é natural continuar subindo nessa velocidade de forma descontrolada sem nenhum notícia concreta”, disse André Perfeito, economista-chefe da Necton.
Nesta terça-feira, durante o pregão, o Ibovespa chegou aos 100.438 pontos, por volta das 13h40, novo recorde. Mas a tendência de alta não permaneceu, e o índice perdeu força e fechou abaixo dos 100.000 pontos.
De acordo com o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Pedro Paulo Silveira, a pouca variação da bolsa nessa terça pode ser considerada positiva. “O fundamental é que o mercado continua animado com a redução da percepção de risco em relação ao Brasil”, afirmou.
Destaques
A perspectiva de acordos comerciais favoráveis às siderúrgicas brasileiras fizeram as ações dispararem nesta terça-feira, 19. A Usiminas valorizou seus papeis a 4,92% e a Metalurgia Gerdau S.A. subiu 2,15% .
Câmbio
O dólar operou em baixa nesta terça-feira. A variação negativa foi de 0,06% atingindo os 3,78 reais em seu valor de compra, quase operando em estabilidade, o que é normal de acordo com o diretor da NGO Corretora de Câmbio, Sidnei Nehme.
A perspectiva para a reforma da Previdência segue positiva, o que faz com que a moeda se mantenha por volta do mesmo patamar, explica Nehme. “O dólar na realidade não tem razões para estar em alta, nem em baixa, pela tranquilidade do país no relacionamento cambial”, acrescenta.
O cenário externo não é de grande importância no momento na visão do diretor, pelo “foco do Brasil ser o Brasil” e não as notícias internacionais, elas teriam menos relevância e menos força de influência no momento.