A vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos têm provocado uma onda de turbulência nos mercados globais, que se reflete com força no Brasil. O dólar chegou a bater R$ 5,86, impulsionado pela incerteza sobre o retorno do republicano à Casa Branca e seu histórico protecionista. Embora a moeda tenha recuado para R$ 5,76 às 11h22, o movimento ascendente dos últimos dias revela o nervosismo dos investidores com a perspectiva de uma política econômica mais isolacionista por parte dos EUA.
Enquanto isso, o bitcoin atingiu um novo recorde, sendo negociado acima de US$ 79 mil, refletindo o otimismo em torno de Trump, que tem adotado uma postura favorável às criptomoedas.
No mercado brasileiro, a reação foi menos entusiástica. O Ibovespa opera em queda, aos 129,3 mil pontos, na contramão das principais bolsas globais, pressionado pela combinação entre a incerteza internacional e a expectativa de alta da taxa Selic. O Copom, que se reúne esta semana, já sinalizou que deve elevar os juros, mas os investidores esperam o comunicado oficial para avaliar o tom da política monetária daqui para frente.
No cenário de commodities, a queda de mais de 2% nos preços do petróleo se destaca, agravando a pressão sobre o índice. Com o Brasil fortemente dependente das exportações de matérias-primas, o recuo nas cotações internacionais impacta fortemente a bolsa.