Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Ibovespa e real se desvalorizam após falas de Bolsonaro sobre economia

Declarações do capitão sobre reforma da Previdência e privatizações azedaram o humor do mercado financeiro

Por Machado da Costa
Atualizado em 10 out 2018, 18h46 - Publicado em 10 out 2018, 17h28

Se não acabou, o mercado financeiro deu uma pausa em sua lua de mel com a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL). Após as declarações do presidenciável sobre a reforma da Previdência e a respeito de privatizações de estatais, os investidores recuaram em seu otimismo em relação ao um eventual governo do capitão. Esse foi o principal fator que derrubou a bolsa e elevou a cotação do dólar.

A moeda americana fechou em alta de 1,42%, cotada a 3,764 reais. Já o Ibovespa, principal indicador de ações da B3, Bolsa de Valores de São Paulo, registrou queda de 2,80%, fechando aos 83.679 pontos. Esta foi a maior queda do índice desde 10 de agosto deste ano.

As principais ações sofreram forte desvalorização durante o pregão. A Petrobras caiu 2,76%, cotada a 26,08 reais, enquanto a Vale teve perda de 3,07%, a 55,89 reais. O Banco do Brasil, cujos papéis têm oscilado muito neste período eleitoral, registrou queda de 4,23%, a 37,35 reais.

Segundo Luciano Rostagno, estrategista-chefe do banco Mizuho, as declarações feitas por Bolsonaro acabaram com o humor do mercado financeiro.

Na noite de terça (9), o candidato afirmou que não apoiará a reforma da Previdência que tramita no Congresso e que, caso assuma a Presidência, encaminhará uma nova reforma, “mais consensual”. Ele também declarou que não deve privatizar as empresas de geração de energia — o que afeta diretamente a maneira como o mercado vê a Eletrobras. A estatal, inclusive, registrou perdas de 8,36%, cotada a 24,55 reais.

Continua após a publicidade

“Essas declarações podem ser retóricas de campanha, pois o país vive um momento delicado, com ânimos bastante exaltados. Ainda é difícil extrair qualquer conclusão das palavras dele”, afirma Rostagno. “De qualquer forma o mercado não gostou do que o Bolsonaro disse. Por isso, está corrigindo um excesso de otimismo.”

Rostagno também adicionou um outro fator para explicar o desempenho da bolsa e do real. No exterior, investidores estão mais preocupados com a consequência de um acirramento da guerra comercial travada pelos Estados Unidos contra a China. Os países voltaram a trocar farpas nesta quarta. “Existe a ideia nos EUA de que, enquanto continuarem a aumentar as taxas alfandegárias, a China vai recuar. Eles não conhecem a história e a cultura chinesas”, afirmou Zhong Shan, ministro do Comércio da China, em comunicado.

Segundo o analista, isso fez o dólar se valorizar perante as moedas de países emergentes devido a um movimento de proteção dos investidores. “É um momento de alta da aversão ao risco”, diz ele. “O crescimento das tensões entre China e Estados Unidos formam um cenário externo mais negativo”, conclui.

Publicidade
Imagem do bloco

4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

Vejinhas Conteúdo para assinantes

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.