Ibovespa opera abaixo de 100 mil pontos após adiamento da Previdência
Queda chegou a 1% por volta das 12h30 e dólar é vendido a R$ 3,86, alta de 0,52%; parlamentares adiaram a leitura do relatório para a próxima terça-feira, 2
O Ibovespa, principal índice da bolsa de São Paulo, iniciou o pregão desta quinta-feira, 27, em queda, abaixo do nível de 100 mil pontos, após o adiamento da leitura e votação da complementação de voto do relator da reforma da Previdência para a próxima semana. O dólar comercial opera em viés de alta.
O movimento ocorria descolado de mercados internacionais, que operavam sob cautela ante as discussões comerciais entre Estados Unidos e China durante a cúpula do G20. Às 12h32, o Ibovespa caía 1% o, a 99.678 pontos. Já o dólar comercial operava em alta de 0,52%, vendido a 3,866 reais.
Nessa quinta, os deputados decidiram adiar a leitura da complementação de voto do relator da reforma, Samuel Moreira (PSDB-SP), na comissão especial da Câmara. A inclusão de estados e municípios na reforma é o grande entrave e, sem um acordo construído, a reunião foi cancelada. Após uma reunião entre líderes de partido, o relator e o presidente da casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi acordado que o complemento do voto e o início da votação devem acontecer na próxima terça-feira, 2.
“Na prática o atraso dificulta muito a votação no plenário antes do recesso, que começa dia 18 de julho, o que pode segurar um movimento positivo da bolsa”, disse a XP Investimentos em nota.
‘Pibinho’ também impacta
Seguindo as repetidas revisões para baixo da economia brasileira pelo mercado, o Banco Central reduziu sua projeção de crescimento para o PIB em 2019 para 0,8%, atribuindo o corte à retração da atividade no primeiro trimestre e à ausência de sinais nítidos de recuperação nos primeiros indicadores divulgados para o segundo trimestre. A revisão do indicador também desanimou os investidores.
No mercado externo, o foco está com o encontro entre os presidentes da china, Xi Jinping, dos Estados Unidos, Donald Trump. Ambos estão no Japão para o encontro do G20. O líder chinês planeja apresentar um conjunto de termos com os quais os EUA devem se comprometer para que o governo chinês possa concordar em resolver a disputa comercial.
(Com Reuters)