O aplicativo de entregas iFood inaugurou oficialmente nesta quinta-feira, 1º, o projeto iFood Pedal, que tem o objetivo de incentivar entregadores de delivery a adotarem o uso de bicicletas elétricas para realizar o trabalho. Pensado há cerca de dois anos, o programa foi implementado primeiramente na cidade de São Paulo, com um ponto de apoio localizado no bairro de Pinheiros, zona nobre da metrópole. As bicicletas foram desenvolvidas em parceria com a Tembici, startup de micromobilidade que opera projetos como o Bike Itaú. A ideia é que até o fim do ano, 500 bicicletas estejam à disposição dos entregadores que trabalham na região. Hoje, o iFood estima que cerca de 7.000 entregadores já utilizam bicicletas convencionais para realizar suas entregas na cidade de São Paulo. Com o projeto, a empresa pretende impactar cerca de 2.000 entregadores.
As e-bikes têm pedal assistido. Ou seja, seu motor elétrico é ativado quando a bicicleta é pedalada, sem acelerador, o que torna o modal mais leve. A velocidade máxima é de 25 km/h e a bateria promove uma autonomia de 60 km. Além das bicicletas elétricas, o espaço de apoio servirá para que os trabalhadores descansem, alimentem-se e recebam equipamentos de proteção como álcool em gel, capacetes, máscaras e mochilas. “O projeto, mostrando-se viável, será naturalmente espalhado por outros pontos da cidade para melhorar a locomoção dos entregadores”, disse a VEJA Roberto Gandolfo, vice-presidente de logística do iFood. “A nossa intenção com esse projeto é melhorar a experiência de quem já faz a entrega por meio da bicicleta. Com a e-bike, é possível que se faça percursos maiores, com mais agilidade e esforço menor”, complementa.
Para acessar o ponto de apoio e utilizar as bicicletas elétricas do projeto, o entregador terá de realizar o cadastro por meio do aplicativo móvel do iFood e selecionar o modelo de pagamento. No plano semanal, o custo é de 9,90 reais, com adicional de 2 reais ao dia para retirada de bicicletas elétricas no espaço de apoio. Se acessado pelo app do Bike Itaú, não há cobranças. O entregador tem direito a duas retiradas de e-bikes de até quatro horas, totalizando uma jornada máxima de até oito horas diárias. Atualmente, os entregadores precisam ter seu meio de transporte próprio (motos ou bicicletas) para trabalhar e as bike elétricas são alternativa para esses trabalhadores. “O potencial para este projeto é chegar a 1.000 bicicletas em São Paulo. Mas todos os próximos passos serão dados com base na aprendizagem que iremos coletar”, diz Tomás Martins, CEO e cofundador da Tembici.
“A bike elétrica atinge o usuário que precisa passar por subidas e diferentes relevos, distâncias maiores, podendo fazer 8 km com um tempo médio de 34 minutos. Os carros fazem esses mesmos trajetos em cerca de 45 minutos. Fora isso, ainda há o benefício de se emitir menos CO2 na atmosfera.” Os usuários que contratarem o plano terão direito a acessar o Pedal Responsa, um curso digital de conteúdo formativo e de conscientização desenvolvido pela ONG Instituto Aromeiazero. O local funcionará diariamente das 10h às 23h.