Após recuar 0,34% em março, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) – conhecido como a inflação dos aluguéis – voltou a subir em abril, com variação de 0,24%. No acumulado do ano, o índice registra alta de 1,23% e, em 12 meses, alcança 8,50%. O avanço foi causado, sobretudo, pela alta moderada no Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) e pelo aumento no custo da construção, em especial da mão de obra.

Segundo Matheus Dias, economista do FGV IBRE, o desempenho do IPA foi influenciado por dois vetores simultâneos: a elevação dos preços agropecuários e a desaceleração menos intensa dos produtos industriais. “No IPC, a desaceleração dos grupos transportes e habitação também teve peso, com destaque para o recuo expressivo nas passagens aéreas. Já o INCC segue pressionado pela mão de obra”, diz.

O IPA, que responde por 60% do IGP-M, variou 0,13% em abril, revertendo a queda de 0,73% em março. Houve avanço nos bens finais (0,91%) e nos bens intermediários (0,02%). Já as matérias-primas brutas caíram menos (-0,30%) frente ao tombo de 1,94% no mês anterior.

Do lado do consumidor, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) desacelerou de 0,80% em março para 0,46% em abril. Os principais vetores de alívio foram habitação, transportes e alimentação. Em contrapartida, saúde, cuidados pessoais e vestuário aceleraram.

No setor da construção, o INCC subiu 0,59% em abril, puxado pelo aumento da mão de obra, que saltou de 0,35% para 0,91%. Materiais e equipamentos desaceleraram para 0,35%, enquanto os serviços avançaram para 0,50%.

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