Imposto de Renda: Indústria pede adiamento do prazo de entrega por 3 meses
Segundo CNI, medida tem o objetivo de evitar sobrecarga nos profissionais que garantem o funcionamento dos serviços essenciais para a população
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) encaminhou para o ministro da Economia, Paulo Guedes, e ao secretário especial da Receita Federal, José Tostes Neto, uma carta em que solicita o adiamento por 90 dias do prazo final de entrega do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). Com essa medida, a data limite passaria de 30 de abril para 31 de julho. Segundo a confederação, este é o período necessário para que a economia retorne à normalidade e os contribuintes possam obter todos os documentos requeridos para a declaração.
A propagação comunitária do novo coronavírus no Brasil é a principal razão do pedido feito à Receita Federal. Em nota, a CNI reitera que as medidas de urgência adotadas para combater a Covid-19, o fato de categorias estarem dedicadas para enfrentar a doença e a necessidade de quarentena e isolamento social da população são fatores que restringem o convívio social e o deslocamento dos contribuintes para preencher corretamente a declaração.
O presidente da CNI, Robson Andrade, que testou positivo para o novo coronavírus após viagem com o presidente Jair Bolsonaro para os Estados Unidos, declarou ainda nesta carta que a finalidade da medida é aliviar o peso sob os contribuintes que garantem o funcionamento dos serviços essenciais. “A medida tem o objetivo, sobretudo, de evitar uma sobrecarga para as diversas categorias profissionais que vêm se dedicando a garantir o regular funcionamento de atividades essenciais para que a sociedade brasileira consiga atravessar a grave crise que enfrenta, em decorrência da pandemia da Covid-19.”
Na semana passada, a CNI já havia encaminhado 37 propostas para o governo com o intuito de minimizar os impactos da pandemia, dentre elas, o adiamento do pagamento de tributos federais por três meses.