A indústria paulista fechou 11,5 mil postos de trabalho em junho, segundo balanço divulgado nesta terça-feira (17) pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). É o segundo mês consecutivo de cortes em São Paulo.
Apesar do resultado negativo nos dois últimos meses, o setor encerrou o primeiro semestre acumulando saldo positivo de 17 mil vagas, uma alta de 0,79%.
Desde 2011, o levantamento mostra fechamento de vagas em junho, mas dessa vez a queda foi pior, comentou, em nota, o presidente em exercício da Fiesp, José Ricardo Roriz Coelho.
“Algumas variáveis políticas e econômicas estão influenciando fortemente alguns setores importantes, como o alimentício, por exemplo, que sofreu uma forte perda de postos de trabalho”, afirma Roriz, referindo-se ao fechamento de 2,9 mil vagas nas fábricas de produtos alimentícios no mês passado.
Também houve cortes expressivos nas indústrias de confecção de artigos do vestuário e acessórios (2.400) e de produtos de borracha e de material plástico (1.200).
Dos 22 setores industriais monitorados pela pesquisa da Fiesp, dezesseis fecharam vagas em junho. Apenas quatro contrataram mais do que demitiram, sendo a maior abertura de vagas registrada na indústria de bebidas, em que foram criados 331 postos.
Segundo Roriz, a indústria precisa aproveitar o câmbio mais competitivo para exportar mais. “É importante saber que a situação é difícil e que a recuperação vai demorar. Com essa grande paralisação de maio e junho, decorrente da greve dos caminhoneiros, é preciso buscar alternativas para que as empresas possam operar com rentabilidade e voltar a gerar emprego.”