Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Indústria recua 1,8% em julho em São Paulo, acima da média nacional

De acordo com o recorte regional divulgado pelo IBGE, apenas três dos 15 estados pesquisados tiveram queda na produção no período. SP representa 33% da produção

Por da Redação
13 set 2024, 10h05

Na passagem de junho para julho, a produção industrial brasileira caiu 1,4%, com decréscimos em apenas três dos 15 locais investigados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional, divulgada nesta sexta-feira, 13.  Pará (-3,8%), Bahia (-2,3%) e São Paulo (-1,8%) tiveram queda na produção.

Já os avanços mais acentuados foram registrados no Amazonas (6,9%) e no Espírito Santo (5,8%). Os dados foram divulgados hoje (13) pelo IBGE.Paraná (4,4%), Pernambuco (4,2%), Região Nordeste (3,0%), Minas Gerais (2,1%), Ceará (1,9%), Mato Grosso (1,8%), Rio de Janeiro (1,4%), Santa Catarina (1,3%), Goiás (1,2%) e Rio Grande do Sul (0,8%) completam o rol de UFs com resultados positivos em julho de 2024.

Bernardo Almeida, analista da pesquisa, esclarece que a soma dos resultados regionais não resulta no resultado nacional divulgado na semana anterior. “A leitura que fazemos é que o índice nacional apontou um recuo de 1,4% e, em termos regionais, três locais seguem esse mesmo movimento ou comportamento. É preciso salientar que o resultado regional não esgota o resultado do Brasil, ou seja, uma parte da produção nacional não é vista pelos resultados regionais, já que são apenas 15 locais pesquisados. Dessa forma, como as séries de cada local são formadas independentemente, inclusive a do Brasil, o resultado nacional atua como parâmetro para a análise regional. Ainda, aplicando-se o ajuste sazonal, as séries perdem a singularidade do chamado fator aditividade. Assim, o somatório das partes não resulta no todo. Desse modo, o resultado nacional não deriva da soma dos resultados regionais.”, explica Almeida.

Almeida ressalta que o recuo de 1,4% está concentrado nas atividades com maior peso dentro da amostra nacional. Houve quedas nos setores de produtos derivados de petróleo, no setor extrativo e de alimentos.

São Paulo, que é o mais diversificado industrialmente e representa 33% da produção industrial, foi a maior influência e interrompeu três meses consecutivos de taxas positivas, período em que acumulou avanço de 4,1%. “A queda de 1,8%, acima da média nacional, acabou eliminando parte do crescimento acumulado no período. A indústria farmacêutica influenciou negativamente o resultado da produção paulista. Com esse resultado, a indústria local ainda se encontra 2,2% acima do patamar pré-pandemia”, completa Almeida.

Continua após a publicidade

Ele observa que, nos últimos meses, a indústria vem apresentando comportamento oscilante. No mês anterior, junho, o crescimento de 4,1% ocorreu num movimento natural de recuperação da indústria impulsionado pela retomada de plantas industriais do Rio Grande do Sul, paralisadas em maio. O analista diz que essa nova queda em julho está relacionada a condições macroeconômicas desfavoráveis.

“Observamos a indústria nacional caminhando num ritmo aquém da sua capacidade operacional. Há uma melhora no ritmo de produção e, se formos observar sob a ótica do patamar pré-pandemia, encontramos nove locais operando acima desse patamar. São eles: Mato Grosso (21,3% acima), Rio de Janeiro (11,9%), Mina Gerais (11,4%) Amazonas (8,1%) Paranã (7,9%) Santa Catarina (7,3%), Goiás (4,3%), Rio Grande do Sul (3,5%) e São Paulo (2,2%). Todos estão também acima da média nacional que é de 1,4%”, diz o analista da pesquisa.

Ele ressalta que há um crescimento no ritmo de produção, mas, ao mesmo tempo, observa-se também que a indústria caminha de forma moderada. No lado da demanda, observa-se a taxa de juros em patamares elevados impactando na renda disponível e no consumo das famílias. No lado da oferta, os juros encarecem o crédito e inibem a tomada de decisão de investimentos.

“Por um lado, temos uma melhora no mercado de trabalho e, por outro, temos a taxa de juros refreando os efeitos desse fator positivo. Isso explica esse quadro oscilante no comportamento da indústria”, analisa Almeida.

Publicidade

Imagem do bloco

4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

Vejinhas Conteúdo para assinantes

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.