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IPCA-15 mostra composição benigna, e desinflação segue em curso

Dados da prévia de maio vieram ligeiramente abaixo das estimativas. Comportamento dos núcleos é fundamental para definição da política monetária

Por Juliana Machado Atualizado em 28 Maio 2024, 13h28 - Publicado em 28 Maio 2024, 13h06

Os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) mostraram uma composição benigna, com indicativos de continuidade do processo de desinflação da economia, afirmam economistas.

Em maio, o índice, considerado uma “prévia” da inflação do IPCA, marcou 0,44%, uma aceleração em relação ao mês anterior, mas abaixo das estimativas. Quanto maior a inflação, maiores são as chances de o Banco Central seguir com uma política monetária contracionista, sem espaço para cortes da taxa Selic.

Segundo Helena Veronese, economista-chefe da B.Side Investimentos, a média dos núcleos do indicador subiu de 0,19% a 0,34%, mas, em 12 meses, houve desaceleração de 3,6% para 3,5%. Assim, de modo geral, o IPCA-15 mostrou uma composição benigna, sendo a principal fonte de pressão — o reajuste de medicamentos — um evento temporário.

“Os núcleos ainda mostram certa resiliência, mas isso já era esperado – e mencionado pelo próprio [presidente do BC, Roberto] Campos Neto”, diz a economista em nota.

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Ainda segundo Veronese, daqui para frente, os dados de inflação devem começar a refletir alguma pressão adicional no segmento de alimentos, especialmente grãos, por conta das chuvas no Rio Grande do Sul e do impacto em algumas lavouras, como arroz, trigo e aveia. “A magnitude desse impacto, no entanto, ainda é incerta”, afirma.

Para Álvaro Frasson, economista do BTG Pactual, o IPCA-15 mostra que a desinflação na economia prossegue tanto no índice “cheio”, quanto nos indicadores subjacentes e nos núcleos. A notícia, porém, poderia ser mais positiva “se os dados de inflação de serviços intensivos em trabalho fossem mais baixos”. Esse segmento, segundo Frasson, vem refletindo um mercado de trabalho “bastante apertado”, preocupação trazida nas últimas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom).

“Portanto, para fins de política monetária, nos próximos meses, os dados de inflação de serviços subjacentes (e intensivos em trabalho) precisariam apresentar variações abaixo de 0,3% no mês contra mês para que a narrativa da reancoragem da inflação corrente permaneça presente”, diz o economista, em nota a clientes.

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