IPCA-15 sobe 0,54% em março e tem maior alta no mês desde 2015
Alimentos e transportes foram os principais responsáveis pela aceleração neste mês; inflação acumulada em 12 meses é de 4,18%
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), a prévia da inflação oficial do país, registrou aumento de 0,54% em março, atingindo o resultado mais alto no mês desde 2015, segundo dados divulgados nesta terça-feira, 26, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com o resultado, o IPCA-15 acumulado no primeiro trimestre ficou em 1,18%. No acumulado dos últimos doze meses, passou de 3,73% em fevereiro para 4,18% em março.
A aceleração do IPCA-15 foi puxada principalmente pela alta nos preços no grupo de alimentos, que subiu 1,28%. Destaque para o feijão-carioca, que teve alta de 41,44%. Outros alimentos importantes que apresentaram aumento foram a batata-inglesa (25,59%), o tomate (16,73%) e o leite longa vida (2,35%).
Além da alimentação, o setor de transportes puxou a alta do IPCA-15, por causa, principalmente, das passagens aéreas (7,54%) e do etanol (2,64%). A gasolina, após três meses consecutivos de queda, apresentou ligeira alta de 0,28%.
O IPCA-15 é calculado por meio da comparação dos preços dos produtos entre dois meses. O indicador refere-se às famílias com rendimento de um a quarenta salários mínimos. Ele difere do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país, apenas no período de coleta que abrange. Enquanto o IPCA leva em conta o mês na íntegra, o IPCA-15 é calculado utilizando como base o período entre o dia 16 de um mês e o 15 do seguinte. Por esse motivo, ele é divulgado antes e considerado uma prévia da inflação oficial.
Segundo o Boletim Focus, relatório semanal divulgado pelo Banco Central (BC), divulgado na segunda-feira 25, o mercado financeiro espera uma inflação de 3,89% para 2019. A taxa é abaixo da meta de inflação estipulada pelo governo, mas dentro da margem de segurança.
Para este ano, a meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 4,25%. O intervalo de tolerância é entre 2,75% e 5,75%, 1,5 ponto porcentual para cima ou para baixo.
As primeiras provas de fogo das herdeiras de Silvio Santos no SBT
Deputado aciona TCM contra Prefeitura de SP por ‘manobra’ milionária no Réveillon
PIB varia 0,1% no terceiro trimestre, com resultado abaixo das expectativas







