IPCA divide atenções com IOF e negociações entre China e EUA
Índice oficial de preços desacelerou para 0,26% em maio, refletindo o comportamento de alimentos

A inflação perdeu força e fechou maio e ficou em 0,26% para o mês, em ritmo menor que os 0,43% registrado em abril. Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 10, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A variação foi influenciada puxada pelo aumento das contas de luz e dos medicamentos, mas a desaceleração da alimentação influenciou o resultado do período.
A inflação segue acima do teto da meta, de 4,5% ao ano e tem demandado do Banco Central a adoção de uma taxa de juros draconiana para conter os preços. A Selic, de acordo com o boletim Focus, deve fechar 2025 no atual patamar de 14,75% ao ano, o maior desde 2006.
Enquanto isso, o mercado financeiro acompanha os desdobramentos das negociações em torno do aumento do IOF, proposto pelo governo, e as alternativas para cobrir o aumento dos gastos públicos. A incerteza fiscal volta a pressionar o Ibovespa.
No exterior, os futuros americanos começam o dia ao redor do zero a zero, à espera do segundo dia de negociações comerciais entre China e Estados Unidos. O presidente americano ainda faz barulho ao redor de sua guerra comercial, dizendo que recebeu relatórios que apontam progresso nas conversas, ainda que a China “não seja fácil”. A agenda no exterior é fraca, o que eleva ainda mais a importância do andamento das negociações para o sobe e desce das bolsas.
Agenda do dia
6h: EUA e China retomam negociações em Londres
9h: IBGE divulga IPCA de maio
10h: Galípolo faz palestra na Febraban Tech, em São Paulo
13h30: Fazenda: Secretário executivo da Fazenda, Dario Durigan, participa de audiência pública na Comissão Especial sobre Inteligência Artificial
14h: Ministro da Previdência, Wolney Queiroz, participa de audiência pública na Câmara
16h: Rogério Lucca (secretário-geral do BC) palestra na Febraban Tech
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