Nesta quarta-feira, 7, a Apple fará o esperado lançamento iPhone 14, o novo smartphone da marca. Batizado de “Far Out” (não convencional ou vanguardista, em tradução livre), o evento de lançamento com transmissão online ocorrerá em Cupertino, na Califórnia, às 14h no horário de Brasília e o convite já deu pistas do que está por vir no novo aparelho: um céu noturno cujas estrelas formam o logotipo da maçã, indicando a apresentação de uma possível câmera de altíssima resolução e capacidade noturna.
A expectativa sobre a capacidade de armazenamento do iPhone Pro também é grande: 128 GB no mínimo, para superar o iPhone 13 Pro, a versão anterior, e podendo chegar a 256 GB na iPhone Pro Max e até 1 TB nas versões mais avançadas. Para processar tanta informação, o aparelho deve vir com um novo chip mais veloz, o A16 Bionic, e uma memória RAM de 6 GB, superior às anteriores de 4 GB.
Dois tamanhos devem ser anunciados: uma tela de 6,1 polegadas e outra de 6,7. O sistema operacional esperado é o iOS 16, cuja data de lançamento será feita ainda este ano e traz como principais novidades uma tela de bloqueio personalizável, a exemplo do Apple Watch, e novas funções para o aplicativo iMessage.
A empresa deve apresentar ainda novidades em relação aos dispositivos wearables (para vestir), como Apple Watch e AirPods, e aos serviços, divisão cuja receita vem crescendo e se tornou um foco na companhia.
Venda de produtos em cenário desafiador
As futuras vendas da Apple são incertas diante do cenário econômico global desafiador que se apresenta, com alta de juros nos Estados Unidos inibindo o poder de consumo da população e ainda resquícios da pandemia, com desequilíbrio entre a demanda e a oferta de itens da cadeia produtiva. A China, ainda, enfrenta lockdowns que atrasam o escoamento de mercadorias nos portos.
As ações da companhia também estão em ritmo de queda e acumulam baixa de 14,87% na Nasdaq após as valorizações gigantescas que ocorreram nas ações de tecnologia americanas durante a pandemia. A marca enfrenta ainda restrições dos órgãos de regulamentação, como a decisão de terça-feira, 7, do Ministério da Justiça, de recolher os iPhones devido à acusação de venda casada do produto com carregadores.
No Brasil, os consumidores enfrentam uma dificuldade a mais para acessar os aparelhos mais recentes da marca: a alta cotação do dólar. O iPhone 13, por exemplo, pode ser encontrado a partir de 4.500 reais nas versões a partir de 128 GB.
Resultados da empresa
Os resultados do segundo trimestre fiscal de 2022 da Apple mostraram uma queda de 10,6% do lucro no período, de 19,44 bilhões de dólares, em comparação ao mesmo período do ano anterior. A receita da companhia, porém, alcançou patamar recorde com 82,96 bilhões de dólares e subiu 1,9%.
Entre os produtos, o iPhone é o carro-chefe da companhia e suas vendas apresentaram crescimento no segundo trimestre, em relação ao trimestre anterior. O produto foi responsável por 40,66 bilhões de dólares de faturamento. Os outros produtos, no entanto, apresentaram queda no mesmo período, como os computadores Mac, com faturamento de 7,38 bilhões de dólares, os iPads, de 7,22 bilhões de dólares, e os acessórios, de 8,08 bilhões de dólares.
A receita com serviços, no entanto, cresceu 12,11%, para 19,6 bilhões de dólares, e também se tornou um foco da empresa.