Venda da BR Distribuidora poderá render até R$ 7,5 bi à Petrobras
Negócio faz parte do plano de desinvestimento da estatal, que pretende levantar US$ 21 bilhões com venda de ativos até 2018; empresa registrou oferta na CVM
A oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da BR Distribuidora poderá girar até 7,5 bilhões de reais, se houver demanda para todos os lotes extras e se a ação for precificada no teto da faixa indicativa de preço, que está entre 15 reais e 19 reais. A Petrobras anunciou nesta quarta-feira que pediu à CVM o registro da venda de parte da subsidiária.
A estatal vai ofertar entre 25% a 33,75% da companhia, porcentual que dependerá dos lotes que serão vendidos no mercado. O negócio faz parte do plano de desinvestimento da Petrobras, que pretende levantar 21 bilhões de dólares (68 bilhões de reais) com venda de ativos até 2018. A BR Distribuidora é a maior rede de postos do país, com cerca de 7.500 unidades.
A apresentação aos investidores, o chamado roadshow, começa nesta quarta-feira e irá até o dia 13 de dezembro, quando a ação será precificada no âmbito da oferta.
A oferta será apenas secundária, ou seja, todo os recursos levantados no IPO irão para o caixa da Petrobras. O lote principal é formado por 291.250.000 ações ordinárias, montante que poderá ser acrescido do lote suplementar, de até 15% do principal, ou 43.687.500 ações. Há ainda o lote adicional, caso haja demanda, de até 20% do lote principal, o que significa até 58.250.000 ações.
As ações da BR serão listadas no Novo Mercado, segmento de mais elevadas práticas de governança corporativa da B3, sob o código BRDT3. A previsão é de que as ações comecem a ser negociadas na B3 no dia 15 de dezembro.
São coordenadores da oferta Citi, Banco do Brasil, Bradesco BBI, Itaú BBA, JPMorgan, Morgan Stanley e Santander. Para o fim do ano, são esperados ainda os IPOs do Burger King Brasil e Neoenergia.