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Iremos aguardar até que medidas fiquem mais claras, diz Haddad sobre Trump

Presidente dos EUA confirmou política de tarifação recíproca de importação nesta quinta-feira, o que deve também atingir o Brasil

Por Juliana Elias Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 fev 2025, 19h51 - Publicado em 13 fev 2025, 19h31

O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na noite desta quinta-feira, 13, que há ainda pouca clareza sobre as medidas tarifárias anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e que a posição do governo brasileiro é aguardar até ter um retrato mais consolidado de seus impactos antes de fazer algum movimento. O ministro também disse que acredita que seja possível haver algum tipo de diálogo ou negociação com o governo americano, mas que também não há nada decidido a esse respeito até que haja um quadro mais completo do que de fato será implementado por Trump.

Depois de anunciar que vai taxar o aço comprado pelos EUA, o que inclui produtores brasileiros, Trump assinou nesta tarde também sua nova política de reciprocidade, ou seja, de impor as mesmas tarifas que os parceiros comerciais nos produtos que trocam entre si, outra medida que também abrange produtos brasileiros.

“Na maneira como estão sendo anunciadas, as medidas estão ainda um pouco confusas, e vamos aguardar para ter uma ideia do que de fato é concreto e será feito; não vamos nos manifestar até”, disse Haddad a jornalistas, depois de passar o dia em reuniões com o vice-presidente Geraldo Alckmin, que é também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, pasta que está capitaneando as discussões sobre o assunto dentro do governo. “Não vamos nos manifestar a qualquer sinalização, temos que ver antes como termina essa história”, continuou Haddad.

De acordo com ele, os direcionamentos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva têm sido no sentido de manter as boas relações. “O presidente Lula sempre enfatiza as boas relações que temos com os três grandes blocos: China, União Europeia e Estados Unidos. Acabamos de firmar um acordo de livre comércio com a Europa, temos acordos bilaterais com a China. Não tem por que não termos uma boa relação comercial com os Estados Unidos também.”

O ministro também lembrou que, considerados bens e serviços juntos, a relação comercial com os Estados Unidos é superavitária para eles, quer dizer, os EUA vendem mais para o Brasil do que o oposto. “Não ha muita razão para nós temermos, porque eles não são um parceiro que está importando muito de nós e exportando pouco, é o contrário.” A balança comercial de bens entre Brasil e Estados Unidos está atualmente equilibrada, ou seja, os dois países estão comprando e vendendo valores semelhantes entre si. Já a balança de serviços, em que entram turismo, entretenimento e tecnologia, por exemplo, está superavitária em 7 bilhões de reais para os EUA, de acordo com Haddad.

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